Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
26°
Fair / Wind

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O ex-procurador da República Marcelo Miller afirmou na CPI da JBS/Friboi que não cometeu crime, mas reconheceu ter atuado na defesa dos irmãos Batista antes de deixar oficialmente o Ministério Público

Compartilhe esta notícia:

"Eu fiz uma lambança", declarou. (Foto: Alex Lanza/MPMG/Divulgação)

O ex-procurador Marcello Miller afirmou em depoimento na CPI da JBS que “fez uma lambança” ao ter participado das negociações de acordo de delação premiada e leniência da empresa e dos executivos. Ele se defendeu de acusações e disse que não cometeu crime, mas admitiu ter atuado na defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista antes de ter deixado oficialmente o Ministério Público.

“Eu não cometi crimes. Eu não cometi nenhum crime. Eu fiz uma lambança, e é por isso que eu estou aqui”, afirmou Miller, nesta quarta-feira (29).

O ex-procurador é um dos principais personagens da polêmica que provocou a suspensão de acordos de dois delatores da JBS.

Ele atribui a “lambança” ao fato de não ter medido as interpretações que poderiam vir do fato de ele ter participado antes da exoneração.

“Eu acho que o que aconteceu foi o seguinte: ao refletir sobre a situação, analisei que não havia crime e não havia ato de impropriedade, mas não me atentei para as interpretações que poderia suscitar. Não me atentei”.

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot chegou a pedir sua prisão. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator do caso, não concedeu. A PGR (Procuradoria Geral da República) nunca recorreu.

Os acordos de Joesley Batista e Ricardo Saud estão suspensos. Eles estão presos desde o começo de setembro.

Miller afirmou à CPI que considera não ter traído o Ministério Público.

“Eu não trai o Ministério Público, de jeito nenhum. Isso não aconteceu. De fato, eu comecei a ter contato com a JBS antes da exoneração. Foi quando comecei a ter diálogo, respondia perguntas, refletia sobre o caso, não estou negando nada disso. Tudo que eu incentivava a fazer era o que eu faria se tivesse no exercício de alguma atribuição. Eu estava incentivando eles a falarem a verdade”, afirmou.

Participação

A quebra do sigilo de e-mail de Miller revelou que ele tinha em sua caixa de mensagens um roteiro com orientações sobre como os executivos e advogados da JBS deveriam se portar para fechar o acordo de delação, como revelou a Folha no início deste mês.

Antes, logo que o caso foi levantado, após a delação da empresa se tornar pública, tanto a PGR quanto Miller negavam que havia tido alguma ajuda no processo.

Em depoimento à PF, o ex-procurador havia dito ajudou para não ser “descortês”, mas que havia feito somente reparos “linguísticos e gramaticais” a uma espécie de esboço de um primeiro documento do delator Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais do grupo comandando pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Ele pediu exoneração do posto no início de março, mas sua saída só foi oficializada em 5 de abril, dias depois da assinatura do primeiro termo de confidencialidade entre a empresa e a PGR (Procuradoria-Geral da República). A polêmica culminou na suspensão dos benefícios concedidos a Joesley Batista e Ricardo Saud, presos desde o dia 10 de setembro.

À PF, Miller reiterou que teve “de cinco a dez reuniões” com executivos da JBS, na sede da empresa, antes de sua exoneração do MPF ser publicada no “Diário Oficial da União”.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Ministro da Fazenda tenta atrair o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para a sua candidatura à Presidência da República
Instabilidades dificultam o acesso ao site Pirate Bay
https://www.osul.com.br/o-ex-procurador-da-republica-marcelo-miller-afirmou-na-cpi-da-jbsfriboi-que-nao-cometeu-crime-mas-reconheceu-ter-atuado-na-defesa-dos-irmaos-batista-antes-de-deixar-oficialmente-o-ministerio-publ/ O ex-procurador da República Marcelo Miller afirmou na CPI da JBS/Friboi que não cometeu crime, mas reconheceu ter atuado na defesa dos irmãos Batista antes de deixar oficialmente o Ministério Público 2017-11-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar