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Brasil O Banco Central afirmou que mantém a sua “liberdade de ação” para decidir os próximos passos da política monetária brasileira

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Saldo positivo foi motivado por superávit nas contas dos estados, municípios e empresas estatais, enquanto governo federal ainda segue com as contas no vermelho. (Foto: Divulgação)

O BC (Banco Central) informou que mantém a sua “liberdade de ação” para decidir os próximos passos da política monetária brasileira, mas ressaltou que as decisões serão tomadas com “cautela”, mantendo o caminho pavimentado para um novo corte, porém menor, da Selic (a taxa básica de juros da economia) no início de 2018.

“Houve consenso em manter a liberdade de ação, mas sinalizar que o atual estágio do ciclo recomenda cautela na condução da política monetária”, apontou a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC publicada nesta terça-feira (12). Na semana passada, o BC reduziu a Selic para a taxa mínima histórica de 7% ao ano, deixando a porta aberta para nova redução adiante, mas ressaltando que encarará a investida com “cautela”. Isso porque o BC deixou claro que os passos seguintes estão mais sensíveis a eventuais mudanças no cenário de riscos, o que, para analistas, foi uma sinalização sobre como será o desfecho da reforma da Previdência. E reforçou essa visão na ata.

“Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o comitê vê, neste momento, como adequada uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”, disse no documento. “Essa visão para a próxima reunião é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores”, acrescentou.

O atual ciclo começou em outubro de 2016, quando a Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, a 14% ao ano. A investida de agora dá sequência à estratégia do BC de seguir cortando os juros e impulsionar a atividade num quadro de inflação baixa, expectativas ancoradas e recuperação econômica ainda gradual. Diante da conjuntura, a maioria dos agentes econômicos já esperava nova dose de afrouxamento monetário em fevereiro, primeira reunião do Copom em 2018, de 0,25 ponto percentual.

A reforma da Previdência, em especial, tem sido sinalizada pelo BC como fundamental na política monetária, por ter capacidade de melhorar as contas públicas do País. O governo, no entanto, vem enfrentando forte resistência política no Congresso para tentar tirar a matéria do papel.

Na semana passada, o BC também reduziu a projeção de inflação pelo cenário de mercado a 2,9% em 2017, ante 3,3% em sua última estimativa, de outubro, e abaixo do piso da meta oficial deste ano – de 4,5% pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Na ata, ressaltou que os preços administrados, afetados pelas tarifas de energia elétrica, “têm constituído um choque inflacionário”, estavam sendo compensados pela queda nos preços dos alimentos.

“Com a perspectiva de redução de preços da ordem de 5% no ano, o componente de alimentação no domicílio medido pelo IPCA explica grande parte do desvio da inflação em relação à meta de 4,5% vigente para o ano corrente”, acrescentou. Para 2018, o BC passou a ver a alta do IPCA em 4,2%, contra 4,3% antes, e manteve seu cenário em 4,2% para 2019. O cenário de mercado supõe Selic de 7% ao fim deste ano e do próximo e de 8% ao fim de 2019.

O boletim Focus mais recente do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou que a estimativa deste ano é de que a inflação ficará abaixo da meta central, o que deixa o caminho aberto para juros menores.

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https://www.osul.com.br/o-banco-central-afirmou-que-mantem-sua-liberdade-de-acao-para-decidir-os-proximos-passos-da-politica-monetaria-brasileira/ O Banco Central afirmou que mantém a sua “liberdade de ação” para decidir os próximos passos da política monetária brasileira 2017-12-12
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