Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2017
A presidente da Federasul, Simone Leite, reuniu a imprensa na nova sede da entidade, no Palácio do Comércio, para apresentar um balanço das ações realizadas em 2017 e perspectivas para 2018. Segundo ela, a desvinculação da ACPA (Associação Comercial de Porto Alegre) a partir do início de sua gestão foi uma grande conquista para o associativismo gaúcho, uma vez que a própria ACPA pode reassumir seu protagonismo em defesa de temas ligados à Capital, enquanto a Federasul também conquistou maior força no Interior do Estado, aproximando empreendedores de seu cotidiano e propostas. “Falar em Federasul é falar em um novo momento”, disse a dirigente, enfatizando a conquista da nova sede e a boa situação financeira que a instituição vive, superavitária.
Ela mencionou a crise ética, moral e política que o País atravessa, de um olhar mais aguçado por parte da Federasul à Reforma Trabalhista, com foco na fiscalização da aplicação das leis já aprovadas pelo Legislativo. Outro foco ficará para a Reforma Previdenciária, com apelo a igualdades entre setores público e privado. Com relação ao RS, a presidente apontou a necessidade da retomada do crescimento, que passa pelo que ela define como um “círculo virtuoso da economia”, que para ser movimentado precisa de “vontade política, revisão da carga tributária, desburocratização da máquina pública, infraestrutura, além da implantação de um piso regional, com base na análise do bem-comum, com foco no empregador e empregado.
Após sua explanação, o vice-presidente e economista da Federasul, Fernando Marchet, apresentou análise setorial onde aponta otimismo com relação ao crescimento da economia no Pais e no Estado. Segundo ele, o agronegócio não deverá ser tão elevado quanto neste ano de 2017 no RS, mas ainda apresentando índices positivos, o que contraria a opinião de outros economistas, que prevem crescimento negativo para o setor. No cenário Brasil, os segmentos de serviço, indústria e comércio deverão reagir positivamente, com câmbio estabilizado interna e externamente. “O ambiente global é favorável”, atestou o economista.Marchet também fez referência ao mercado de trabalho, dizendo que a retomada do emprego deverá fazer girar a economia. “A economia regional deverá andar de acordo com a economia nacional”.
No entanto, ele ainda avalia que tudo isto pode variar em função do quadro eleitoral, de quem serão os candidatos, seus vices e concentrações de eleitores com seus perfis quanto à renda, idade e instrução nas diversas regiões brasileiras. (Clarice Ledur)