Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2017
Estatísticas do FBI (polícia federal norte-americana) sugerem que dezembro seria o mês mais movimentado para as vendas de armas. Mas por quê?
Em uma manhã fria de dezembro em Chantilly, no Estado americano da Virgínia, a Blue Ridge Arsenal vibra como qualquer loja movimentada em fim de ano. O ambiente é familiar: há música, uma árvore pisca, clientes se desejam Feliz Natal. Mas há algo de diferente. As luzes da árvore são feitas de cápsulas de balas. Quase não se escuta o rádio – o bangue-bangue das pistas de tiros, no fundo da loja, abafa qualquer som.
Os clientes da loja já sabem: para comprar armas em um revendedor oficial, é preciso passar por verificações de antecedentes.
Desde o início deste sistema, em 2008, dezembro se tornou o mês mais movimentado nas lojas de armamento. Mark Warner, o representante de vendas da loja, diz que a razão é óbvia. “São os presentes de fim de ano.”
Dar uma arma a alguém de presente de Natal pode parecer estranho para quem não nasceu nos Estados Unidos. “Aqui, é o equivalente a dar diamantes”, reage Mark. “Tenho clientes que são marido e mulher. Ela ganha bolsas Louis Vuitton, ele ganha armas de fogo”, diz. “É assim que se presenteiam.”
Para se presentear alguém com armas nos EUA é preciso seguir algumas regras. Primeiro, é crime comprar uma arma para alguém que não tem permissão de porte – ou seja, alguém reprovado na análise de antecedentes. Se você quiser dar uma arma a alguém de um Estado diferente, é preciso fazê-lo por meio de um revendedor licenciado, para que o destinatário seja verificado.