Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de janeiro de 2018
O nível de atividade da economia brasileira continuou registrando crescimento em novembro, segundo informações divulgadas pelo BC (Banco Central) nesta segunda-feira (15). O chamado IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC) teve expansão de 0,49% no mês na comparação com outubro. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de compensação para comparar períodos diferentes).
Quando comparado a novembro de 2016, o IBC-Br cresceu 2,82% (neste caso, sem ajuste sazonal). De acordo com informações da autoridade monetária, novembro foi o terceiro mês seguido de alta do indicador de atividade. O IBC-Br registrou crescimento em sete dos 11 primeiros meses deste ano. Houve alta do índice em janeiro (0,58%), fevereiro (1,45%), junho (0,53%), julho (0,35%), setembro (0,29%), outubro (0,37) e novembro (0,49%). Em abril, houve estabilidade (-0,01%) e foi registrada queda em março (-0,38%), maio (-0,14%) e agosto (-0,33%).
Parcial do ano e 12 meses
Os números do BC mostram ainda que, nos 11 primeiros meses deste ano, o indicador do nível de atividade registrou uma expansão de 0,97%, sem o ajuste sazonal. Com o ajuste, o aumento foi de 1,06%. No acumulado em 12 meses até novembro, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) do Banco Central registrou crescimento de 0,73% (sem ajuste, a alta é de 0,68%).
IBC-Br
O IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), que é divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB. O cálculo dos dois é um pouco diferente – o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
PIB
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%, mas registrou alta nos três primeiros meses de 2017 (1,3%), no segundo trimestre (0,7%) e também no período de julho a setembro (0,1%). O governo estima atualmente que a economia brasileira vai registrar crescimento de 1,1% em 2017 e de 3% em 2018.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do País. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 7% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que recue para 6,75% ao ano em fevereiro.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis. Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do País e medido pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.