Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A já declarada candidata à presidência da República pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, seguidamente discursa e posta vídeos nas redes sociais declarando-se comunista e defendendo teses estapafúrdias na tentativa de mostrar que a doutrina comunista, por mais que nunca tenha funcionado na prática, é o que há de melhor e mais justo para toda a população.
O comunismo, em sua essência, prega que não haja propriedade privava, repudiando os bens materiais para que haja igualdade absoluta entre os indivíduos.
Atualmente temos a China, que se declara oficialmente comunista, inclusive com a foice e o martelo em sua bandeira, mas, na prática, é absurdamente sedenta por capitalismo – sua maior preocupação é crescer e ganhar dinheiro. O que restou do comunismo por lá foi o modo autoritário como o governo age com a população. Por exemplo, para eliminar que jovens voltem às ruas em defesa da democracia, o Estado elimina qualquer tipo de votação – inclusive programas de televisão nos quais o povo ligava para votar no melhor cantor ou bailarino da noite foram proibidos. Qualquer tipo de votação pode trazer um “mau exemplo” aos jovens chineses.
Em suma, o comunismo ou o socialismo, que é a etapa que precede o regime em questão, com as estatizações, não funciona porque não há incentivos.
Para que trabalhar mais, estudar mais, produzir mais se não virá nada a mais em troca? Atentar contra a liberdade de poder crescer, e ter suas propriedades, está mais do que claro que afunda uma nação, deixando-a cada fez mais pobre e infeliz. Visite Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte e converse com seus habitantes; caso eles tenham a coragem de falar alguma coisa, farão somente lamentações de falta de estrutura, alimentos, medicamentos e, obviamente, falta de liberdade.
Portanto, a China mantém-se comunista, sim, mas à sua maneira. Um comunismo de fachada, que já entendeu que o crescimento só vem com o capitalismo. Então, que a candidata Manuela continue sendo essa comunista que passa férias em Nova York e usa bolsas de grifes renomadas, porque, por sorte da nação, o ensino começa pelo exemplo.
Theodora Cioccari, engenheira e associada do IEE.
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