Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2018
A instabilidade no tempo que persistiu durante a última semana no Litoral Norte foi embora e deu espaço para o sol, que voltou a brilhar com força nas praias neste sábado. As altas temperaturas continuam presentes durante a tarde, o que fez com que a orla ficasse lotada de veranistas. Neste sábado (20), os termômetros registraram 26ºC em Nova Tramandaí, temperatura que deve se repetir na tarde deste domingo (21) em Capão da Canoa.
O mar, que desde o final de semana passado se encontrava limpo e quente atraiu águas-vivas. Os guardas-vidas alertam com as bandeiras na cor roxa os cuidados necessários ao entrar na água. Há alguns anos a Operação Golfinho aderiu a bandeira “Infestação de Águas-Vivas” e as garrafas de vinagre nas guaritas, já que têm sido frequente as queimaduras.
Desde o verão do ano passado, a espécie mais frequente no litoral gaúcho são as Olindias sambaquiensis, que resulta em uma queimadura não tão dolorida quanto a Caravela (Physalia physalis), que em verões anteriores se faziam muito presentes nos balneários do Rio Grande do Sul.
Manuela Fernandes foi apenas um dos casos registrados no posto de saúde de Capão da Canoa no último final de semana. Acompanhada dos irmãos e da mãe na beira da praia, faziam as atividades promovidas pelo Sistema Fecomércio/SESC-RS, até que o mar pareceu chamar mais atenção pela cor cristalina e águas quentes, temperatura atípica no litoral gaúcho. Logo no primeiro passo dentro d’água, ela já avistou uma água-viva em tamanho menor, mas quando menos esperou uma bem maior, acompanhada de uma onda se enroscou na sua perna.
“A primeira sensação é de choque, eu classifico a dor numa escala 7 de 0 a 10”, afirma Manuela, que teve que ir para o posto saúde ser atendida, pois o ferimento causado pelos tentáculos do bicho a impossibilitaram de caminhar por algumas horas devido a dor, além de apresentar inchaço e vermelhidão. No posto, a enfermeira que lhe atendeu contou que, no mesmo dia, outras 15 pessoas foram atendidas em razão de queimaduras por água-viva. “Uma delas foi um menino de dois anos de idade, que foi atingido no olho”, acrescenta a veranista assustada com a reação da queimadura. (Marysol Cooper/ O Sul)