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Colunistas A indústria das fake news nas eleições

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Investigação tramitará em sigilo. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

É ano eleitoral, e, como de praxe, a imprensa começa a relatar fatos da vida dos candidatos que até eles mesmos nem sabiam. Na ânsia de mudar o voto do eleitor, esse tipo de “estratégia” costuma funcionar e dá muito trabalho para quem cometeu algum deslize ao longo da vida pessoal ou política.

Preocupa até quem não tem o que temer e ajuda quem tem notícias falsas a seu favor colocadas na rede. As fake news são notícias falsas espalhadas em blogs e sites de notícias que não têm tanto renome, mas que são amplamente lidos pela população que busca uma opinião mais neutra e que sofra menos filtros do que a das grandes potências nacionais de comunicação. Isso obviamente não acontece só por aqui no Brasil; o mundo inteiro está sempre alerta no celular mandando e recebendo notícias que se espalham em progressão geométrica também entre os grupos de mensagens.

Nas eleições dos Estados Unidos, a notícia falsa de que o papa Francisco havia apoiado a candidatura do magnata Donald Trump teve quase um milhão de compartilhamentos entre Facebook e Twitter, e muito provavelmente converteu alguns votos de Hillary a favor do republicano. Por outro lado, aqui quem tem sido bastante atacado com essas notícias falsas é o deputado Jair Bolsonaro. Muito conhecido por ser polêmico, é prato cheio para os oponentes, que, preocupados com a sua alta popularidade, tentam achar algo para conseguir destruir a imagem do pré-candidato do PSC. Entretanto, este reage às mentiras sempre com alguma ironia que acaba chamando mais atenção do que as próprias notícias.

A disputa será acirrada. Creio que vencerá o que for mais esperto no jogo de atrair a confiança dos eleitores, cada vez mais sedentos de informação para decidirem seus votos. Ainda temos uma nuvem encobrindo nossa visão para outubro de 2018. O Brasil não tem um favorito, tem “o menos pior que aquele”. Tem um que é o querido da esquerda, mas que pode ter a candidatura impugnada em caso de condenação. Fiquemos alertas! O Brasil precisa ser presidido por alguém que realmente tenha condições de nos tirar deste sufoco. Não há mais margem para erros, estamos no limite.

Theodora Cioccari – engenheira e associada do IEE

 

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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