Por Redação O Sul | 17 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Nesta última semana, na cidade de São Paulo, começaram a valer as novas regras para motoristas de aplicativos de transporte individual, como Uber, Cabify e 99. Essas novas exigências irão limitar esse serviço.
Entre as principais mudanças, destaca-se que somente poderão utilizar os aplicativos dentro da cidade os veículos que forem nela licenciados, ou seja, o motorista pode até deixar um passageiro na capital, porém, não poderá pegar novas viagens. Com essa exigência, a prefeitura espera aumentar a arrecadação com o licenciamento de carros. E como fica para a população? Queda na oferta de carros.
A regra mais restritiva implantada é a do limite de idade para os automóveis. Veículos que já estavam cadastrados em jun./2017 poderão ter até 7 anos de idade, e veículos cadastrados posteriormente a essa data deverão ter no máximo 5 anos de idade. A justificativa de criação dessa regra é dar mais segurança aos passageiros. Então, para que criaram a obrigação de vistoria anual dos carros? Muito mais importante do que ter idade para circular é ter condições para circular. Interessante é que os taxistas podem ter carro com até 10 anos de idade. Quem será que a prefeitura está privilegiando?
Será que eles se esqueceram de como os aplicativos funcionam? No final de cada viagem, o passageiro pontua a experiência. Se o motorista não tiver uma pontuação mínima, perde o direito de utilizar o aplicativo. Assim, os próprios consumidores têm poder sobre o mercado. Essa é a mágica do livre mercado.
Mais do que os motoristas e as empresas de aplicativos, essas novas regras irão impactar diretamente a população. De acordo com as empresas de aplicativos, cerca de 50 mil veículos irão deixar de atender via plataforma, montante esse que representa em torno de um terço da frota atual da cidade de São Paulo. Essa queda de oferta impacta diretamente o bolso do consumidor, pois menos disponibilidade, além de aumentar o tempo de espera, gera aumento do preço. Assim, desejo um 2018 com menos intervenção do Estado e mais economia de livre mercado.
Bárbara Veit, empresária e associada do IEE
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