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Brasil O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine negou ter recebido propina da Odebrecht

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8ª Turma do TRF da 4ª Região negou recursos e manteve pena de seis anos e oito meses de prisão em regime fechado para Bendine. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine foi interrogado novamente pelo juiz Sérgio Moro nesta terça-feira (16), a pedido de sua defesa. Ele negou participação em qualquer ato ilícito. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Em novembro do ano passado, os advogados orientaram Bendine a ficar em silêncio, argumentando que não tiveram acesso à fala do publicitário André Gustavo Vieira da Silva, ouvido antes dele.

Em seu interrogatório, André confirmou a acusação ao dizer que recebeu propina da Odebrecht e repassou R$ 950 mil em espécie a Bendine.

Nesta terça-feira, Bendine negou “veementemente” qualquer irregularidade. “Jamais solicitei ou autorizei que alguém solicitasse qualquer tipo de vantagem indevida”, disse.

Segundo o ex-presidente da estatal, a declaração de André “é totalmente mentirosa, visando buscar algum tipo de acordo”. “Chega a beirar o ridículo esse depoimento.”

Bendine diz sofrer uma “perseguição brutal”, que destruiu sua “integridade moral” e sua família.

Talvez porque eu tenha tido a ousadia, quando ninguém se prontificou a assumir uma empresa que simplesmente iria desaparecer”, afirmou.

De acordo com a acusação, Bendine solicitou R$ 3 milhões em propina para executivos da Odebrecht, a fim de proteger a empreiteira em contratos da estatal. Ele está preso preventivamente desde o final de julho.

O ex-presidente da Petrobras se recusou a responder perguntas do Ministério Público e do advogado de André Vieira da Silva.

Ele disse ao juiz Sérgio Moro que conheceu André ao final de 2013, com quem mantinha uma relação de “networking”. O publicitário teria ajudado Bendine a conseguir hospedagem para uma viagem a Nova York e adiantado o pagamento dos custos, que, posteriormente, teriam sido reembolsados em espécie pelo executivo.

Bendine também falou sobre uma reunião que teve com Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental. Segundo ele, o tema foi a situação do grupo frente aos impactos da Operação Lava-Jato.

Marcelo teria comentado sobre dificuldades enfrentadas por suas empresas, penalizadas por um bloqueio cautelar. Segundo Bendine, a reunião foi “absolutamente técnica” e “tranquila”.

O executivo disse que percebia uma “ansiedade muito grande” de Marcelo Odebrecht em passar recados para o governo, relacionados aos desdobramentos da Lava Jato.

Bendine afirmou que foi “muito taxativo” e que disse a Marcelo: “Primeiro que não faço parte do governo, não sou nem funcionário público. Não faço parte da administração do governo no dia a dia. Segundo, não tenho conhecimento nenhum em relação a isso”. O ex-presidente da estatal teria dito ao executivo que “não seria garoto de recados”.

No seu depoimento, também em novembro de 2017, Marcelo Odebrecht afirmou que fez três pagamentos de R$ 1 milhão a André, para que Bendine facilitasse assuntos da construtora na Petrobras. Na ocasião, Odebrecht afirmou que Bendine nunca o abordou diretamente sobre o tema. Segundo ele, os pedidos eram feitos por meio de André Vieira da Silva para Fernando Reis.

 

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https://www.osul.com.br/o-ex-presidente-da-petrobras-e-do-banco-do-brasil-aldemir-bendine-negou-ter-recebido-vantagem-indevida-da-odebrecht/ O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine negou ter recebido propina da Odebrecht 2018-01-16
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