Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Governos não podem imitar as birutas de aeroporto que giram conforme as condições do vento.
Nos últimos três anos, os Estados saíram do superávit de 16 bilhões de reais para o déficit de 60 bilhões. Como não reverterão os números em 11 meses e meio, os atuais governadores vão entregar o poder com os cofres despedaçados. Os sucessores terão duas opções: agir com coragem ou recorrer a mágicos.
O grande derrotado é o povo, que paga altos impostos e assiste a tudo entre perplexo e temeroso.
Flagrados
Se quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal leram, não assimilaram. O artigo 317 do Código Penal é claro no enquadramento como crime:
“Solicitar ou receber para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de vantagem.”
A lei não distingue o montante de quem, como administrador público, goza de vantagem indevida ou apenas aceita promessa de obtenção de tal vantagem.
É a parte condenável das relações políticas, caracterizada pela troca de favores ou benefícios individuais no cumprimento das ações públicas.
Pergunta simples
Quantos governos sabem que o progresso depende de infraestrutura, mão de obra qualificada e pesquisa tecnológica?
Percurso tumultuado
A reforma da Previdência corre o risco de terminar como a Batalha de Itararé: não foi ganha nem perdida porque não aconteceu.
O debate sobre o assunto se dá só no varejo, temperado por fortes doses de retórica e pinceladas de demagogia.
Ponto de partida
A verdadeira reforma da Previdência começará com a proibição do uso de recursos arrecadados para aposentadorias e pensões em outras áreas do governo. Só assim se romperá a prática que vem ocorrendo há décadas com desvios de bilhões de reais.
Contra fragmentação
O Centrão se dividiu em muitas candidaturas nas sete eleições presidenciais a partir de 1989. A tentativa de alguns líderes, este ano, é de unificação.
Reconhecimento
A Câmara Municipal aprovará a entrega do título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz. Iniciativa da vereadora Mônica Leal.
Troca de comando
Tomarão posse na presidência do Tribunal de Justiça Militar o juiz coronel Paulo Roberto Mendes Rodrigues e na vice-presidência o juiz coronel Antonio Carlos Maciel Rodrigues. Mais o corregedor-geral juiz Amilcar Fagundes Freitas Macedo. Será às 14h de 5 de fevereiro no auditório Romildo Bolzan, do Tribunal de Contas do Estado.
O juiz Fernando Guerreiro de Lemos encerra o mandato na presidência.
Não mudou muito
Na próxima terça-feira, o Código Nacional de Trânsito completará 20 anos. O Brasil, porém, não deixou de ser o recordista mundial em acidentes. O aspecto punitivo foi enaltecido em 1998, mas necessitaria fiscais em número suficiente para aplicar multas. Não tem.
Memória
Em janeiro de 1998, o governo divulgou ter liberado 21 bilhões de reais para salvar bancos privados da quebradeira. Criado em 1995, o Programa tinha nome pomposo: Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento Financeiro Nacional (Proer). Não foi o suficiente para baixar a taxa de juros. Em 1994, os correntistas pagaram a taxa anual de 308 por cento pela utilização do cheque especial e 448 por cento com o cartão de crédito.
Como fazer
Em sucessivos encontros, secretários estaduais da Fazenda costumam lembrar uma frase: todo o nó tem duas pontas soltas.
Vamos ver se algum consegue desatar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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