Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A bolha explodiu a 20 de janeiro de 1998, quando o governo federal verificou que, dos 30 bancos sob controle de Estados, 19 tinham balanços com prejuízo. Nove estavam condenados à falência. A avaliação se deu a partir de levantamentos do Banco Central. A saída encontrada foi socorrê-los com 38 bilhões de reais. Só para o poderoso Banco do Estado de São Paulo iriam 26 bilhões de reais.
Socorro aumentou a dívida
O objetivo do governo federal passou a ser o de reduzir para 12, no máximo, o número de bancos sob controle estatal. A fórmula para obter recursos era emitir títulos do Tesouro Nacional e repassá-los aos Estados. Com esses papéis, seriam comprados os créditos ruins dos bancos, limpando suas carteiras e abrindo espaço para a privatização ou saneamento. O prazo para fazer retornar o dinheiro ao Tesouro Nacional foi fixado em 360 meses, com juros de 6% ao ano mais correção monetária. Bem abaixo do mercado, porque a taxa básica de juros estava em 38% ao ano.
Tábua de salvação
O volume de dinheiro destinado a evitar abalo nos Estados superava o Proer, programa da União que pouco antes havia injetado 21 bilhões de reais em bancos privados para tirá-los do atoleiro.
Buraco profundo
Se todas as instituições financeiras dos Estados vendessem os bens e recuperassem os créditos, ainda faltariam 1 trilhão e 190 bilhões de reais para saldar os compromissos assumidos até então. Tinham, portanto, patrimônio líquido negativo.
No reino das distorções
O lamentável episódio ocorrido há 20 anos demonstrou que os bancos estatais serviam para sustentar os rombos orçamentários dos governos e empréstimos a empresas que não pagavam. Com administrações voltadas à realização de projetos partidários, só poderiam sucumbir. A conta, é claro, recaiu sobre contribuintes de impostos.
Sem pressa
A pré-candidatura do deputado federal Luiz Carlos Heinze já estaria em andamento se a senadora Ana Amélia Lemos tivesse feito manifestação favorável. Nas últimas semanas, os dois se encontraram algumas vezes em eventos do PP e a senadora demonstrou não ter ainda se definido.
Precisa ser aprovado
A Câmara dos Deputados debaterá, em março, a alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal. A proposta pretende proibir que o governo federal conceda novos incentivos fiscais quando a meta de resultado do orçamento para o ano for deficitária. Iniciativa do deputado José Guimarães, do PT do Ceará, que acertou na mosca.
Situação de emergência
A Caixa Econômica Federal decidiu soldar o rombo do casco em plena travessia. Ontem, após o afastamento de vice-presidentes acusados, a assembleia geral extraordinária aprovou o novo estatuto com regras muito mais rigorosas para escolha e atuação de seus dirigentes.
Giro constante
Preço do gás tem queda de 5%. Até que os revendedores, quase sempre muito lentos, tomem conhecimento, a Petrobras dará um jeitinho de aplicar novo aumento.
Sem surpresa
As notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2017 tiveram queda nas notas máximas.
Há 55 anos
A 20 de janeiro de 1963, a Câmara dos Deputados, depois do resultado de plebiscito, revogou o ato adicional que instituiu o parlamentarismo. O sistema de governo tinha sido adotado em 1961 para contornar a crise surgida com a renúncia do presidente Jânio Quadros e a negativa dos ministros militares em dar posse ao vice João Goulart.
De novo
Fernando Collor quer se candidatar à Presidência da República. O slogan está pronto: “Olha o confisco aí de novo, minha gente!”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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