Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2018
Com um manifesto gravado em Nova York (Estados Unidos), o presidente das lojas Riachuelo, Flávio Rocha, lançou um movimento empresarial que batizou de “Brasil 200 anos”, em referência aos quase dois séculos desde a proclamação da Independência, que serão celebrados em 2022.
De acordo com o próprio executivo, o grupo se situa “à direita do espectro político” e tem a missão de defender valores de uma agenda econômica liberal, além de “uma posição conservadora nos costumes”.
Luiza Trajano (Magazine Luiza), Sebastião Bomfim (Centauro), Alberto Saraiva (Habib’s), Sônia Hess (Dudalina) são alguns dos empresários signatários do manifesto, que ainda conta com o reforço do apresentador de TV Roberto Justus. Alguns deles, como o próprio Rocha, apoiaram o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, em 2016.
Na avaliação do empresário, o desejo pelo “protagonismo do indivíduo na economia e dos valores da família nos costumes” é majoritário no Brasil, e a população está clamando por um representante à sua altura nas urnas:
“O candidato que o povo clama ainda não se apresentou.”
Manifesto
Em sua “carta-manifesto”, o executivo critica as gestões petistas, convoca o empresariado brasileiro a participar de forma mais ativa da política e defende o livre mercado: “Não é apenas a melhor arma contra a pobreza, é a única. Há décadas que o Brasil optou por odiar os empreendedores, e os resultados falam por si”.
Ex-deputado federal (1987-1995) por seu estado natal, o Rio Grande do Norte, Rocha foi levado a abandonar uma candidatura presidencial em 1994, quando se viu envolvido em acusações de financiamento indevido na campanha eleitoral. Seu então partido, o PL (hoje PR), optou por apoiar Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Flávio deixou a política. Hoje, ele garante que não será candidato.