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Colunistas A situação da Venezuela

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A inflação na Venezuela atingiu 2.400% em 2017, segundo estimativa divulgada pelo Fundo Monetário Internacional. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A depressão econômica da Venezuela chegou ao ápice. A inflação atingiu 2.400% em 2017, segundo estimativa divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Pior do que isso, estima-se que, para este ano, ela deve chegar à abissal marca dos 13.000%. Segundo o próprio FMI, a situação da Venezuela está se agravando devido ao controle monetário e de preços que o presidente Nicolás Maduro exerce. Essa inflação está tornando a população cada vez mais pobre, visto que, evidentemente, os salários não estão nem perto de acompanhar tal proporção no aumento de preços. Além disso, há estimativa de queda média anual de 15% do PIB venezuelano ano após ano. O país está com os dias contados caso nada seja feito.

O que aconteceu está claro. Um governo totalitário e controlador, como o venezuelano, ao tentar dominar o mercado, bloqueou a sua ordem natural de funcionamento. Logo, uma crise econômica no país tornou-se questão de tempo para acontecer. A ideologia seguida pelo presidente Nicolás Maduro está provando para todos o quanto um sistema baseado no empoderamento do Estado não se sustenta no longo prazo. É o mesmo que defender o indefensável. A situação está tão grave lá que quase não há acesso a alimentos, produtos de higiene básicos e até medicamentos – mesmo se o interessado tiver condições de comprar. Os venezuelanos tiveram de aderir à prática de visitar países vizinhos para comprar o que precisam para sustentar suas famílias, tamanha é a crise do país.

Em suma, sem uma economia propriamente livre e estabilizada naturalmente pelo mercado, o desequilíbrio entre oferta e demanda começou a aumentar cada vez mais. Isso gerou crise na cadeia produtiva do país, que, com o tempo, resultou em uma onda massiva de demissões devido ao fechamento de empresas. Qualquer interferência, regulação, incentivo ou lei provinda do Estado afeta diretamente o equilíbrio econômico. Isso iniciou uma série de problemas que levaram à falência econômica venezuelana.

A recente queda no preço do barril de petróleo também foi importante agravante desse momento crítico, por ser um país petroleiro. Porém, devido ao agravamento desses fatores citados anteriormente, não pode ser considerado como o principal responsável pela sua derrocada. Caso o país estivesse em situação econômica estável anteriormente, a crise não teria tomado tal proporção. O governo venezuelano certamente é o principal responsável por fazer a população passar por isso. Há interminável espera por suposta assistência provinda pelo “deus Estado” – que nunca chegará. Com o governo cada vez mais estatizante, tornando-se o grande provedor e controlador de tudo, o esforço individual de empreendedores e empresários tornou-se vago e sem sentido. Nicolás Maduro destruiu o país inteiro. Se não fizermos nada para evitar a disseminação dessa ideologia estatista no Brasil, corremos sério risco de nos tornarmos uma Venezuela no futuro.

Rodrigo Leke Paim, publicitário e associado do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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