Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2018
Na pesquisa de janeiro da série Barômetro Político Estadão-Ipsos, quase todos os nomes avaliados tiveram queda na taxa de desaprovação, mas sem que isso resultasse em melhora equivalente no índice de aprovação, e sim no aumento da taxa de desconhecimento em comparação com levantamentos anteriores.
No caso do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a desaprovação caiu de 85% para 70% entre dezembro e janeiro, mas a aprovação apenas oscilou de 1% para 3%. Já os entrevistados que responderam não saber ou não conhecer o suficiente para avaliar passaram de 14% para 27%.
Para Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos, uma hipótese para explicar o fenômeno seria uma retração na rejeição generalizada ao status quo, com o aumento do conformismo com os personagens que participarão da eleição ou estarão em postos de comando quando ela ocorrer.
“Houve aumento do desconhecimento de nomes que não têm imagem consolidada”, disse Cersosimo. “A troca de desaprovação por desconhecimento mostra que as pessoas querem analisar melhor esses nomes.”
Na contramão dessa tendência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve praticamente estáveis suas taxas de aprovação (44%) e desaprovação (54%). A pesquisa, porém, foi feita antes do julgamento que confirmou a condenação do petista por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em relação a outros possíveis candidatos a presidente, houve queda na taxa de desaprovação de Geraldo Alckmin (de 72% para 63%), Henrique Meirelles (75% para 63%), Jair Bolsonaro (62% para 57%), Joaquim Barbosa (44% para 37%), Rodrigo Maia (73% para 66%) e Ciro Gomes (65% para 61%). Todos tiveram aumento na taxa de desconhecimento. A desaprovação ao presidente Michel Temer passou de 97% para 92%. O Ipsos ouviu 1,2 mil entrevistados entre os dias 2 e 11 de janeiro, em 72 municípios de todo o País.
Presidente da Câmara
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que ausência de Lula na eleição vai estimular candidaturas ao Planalto. Ele não descarta que poderá participar do pleito. “Alguns amigos, partidos, acham que eu poderia colocar meu nome. Eu acho que, se ao longo do tempo essa hipótese virar em algum apoio de fato na sociedade posso discutir isso mais à frente”, observou.
Maia chegou a dizer que precisava alcançar 7% de intenção de voto para se lançar candidato. “Mas isso foi só um chute. Não é isso, precisa é de um projeto que garanta uma transformação para o País. O mundo está vivendo uma revolução tecnológica e o Brasil não pode ficar fora disso. A gente precisa de um projeto que tenha isso como base, que a gente possa aproveitar toda essa revolução em benefício da sociedade. E acho que isso a gente tem condição de fazer, algum candidato precisa representar isso. E eu quero fazer parte, acho que é um projeto que tem relação com a minha geração. Agora, quem é o nome? Vamos construir um pouco mais na frente, agora é cedo para tratar disso”, desconversou.