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Brasil O nível de desinformação sobre o julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região ainda é alto, e um cenário eleitoral sem Lula torna incerta a escolha nas urnas daqueles que já votaram no petista

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Julgamento de Lula em segunda instância foi realizado no dia 24 de janeiro no TRF-4. (Foto: Reprodução)

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em segunda instância não mudou o desejo de seus eleitores de apoiá-lo em outubro. A expectativa de escolher o petista novamente para comandar o País continua apesar das acusações de irregularidades e até se Lula for preso. Ao mesmo tempo, o nível de desinformação sobre o julgamento do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) ainda é alto e um cenário eleitoral sem Lula torna incerta a escolha nas urnas daqueles que já votaram no petista.

Essas são algumas das constatações de uma pesquisa qualitativa realizada pelo Ideia Big Data na última segunda-feira (29), cinco dias depois de o TRF-4, em Porto Alegre, ter mantido a condenação de Lula. Na pesquisa, o instituto ouviu eleitores que já votaram no ex-presidente, mas que não necessariamente escolhem o PT em todas as eleições. Quatro mulheres e quatro homens com idade entre 30 e 45 anos, da classe C e moradores da cidade de São Paulo foram estimulados a opinar sobre a eleição deste ano e a conjuntura política e social do País, durante quase duas horas.

Uma das frases mais repetidas foi “se Lula for condenado”, apesar de o tribunal de segunda instância não só ter mantido a condenação do ex-presidente, mas também ter aumentado a pena do petista, de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês, em regime fechado.

O petista é o preferido para disputar a eleição presidencial deste ano e ninguém se arrepende de ter votado no ex-presidente, apesar da sentença judicial.

Lula é tido como o presidente que melhorou a vida dos brasileiros, sobretudo dos mais pobres, mas há desconfiança sobre sua inocência. Eleitores do ex-presidente elogiaram a Operação Lava-Jato, evitaram críticas ao juiz Sérgio Moro, que condenou o petista em primeira instância, e disseram que nenhum político é inocente. Mesmo se o ex-presidente não se envolveu em irregularidades, pode ter “acobertado” alguém que cometeu crime. Lula, de forma geral, é “dos males o menor” e por isso deve voltar à Presidência.

Não há clareza sobre o julgamento no TRF-4 nem sobre as provas contra o ex-presidente. Tampouco sobre o que poderá acontecer com Lula. Para os eleitores do petista, há uma tentativa de incriminar o ex-presidente, principalmente dos meios de comunicação, que estariam muito forte “atrás dele”. “Estão dando mais ênfase para ele”, afirmou um dos eleitores ouvidos na pesquisa qualitativa. Faltam “provas mais concretas” e o ex-presidente estaria sendo perseguido politicamente por sua atuação como “presidente dos mais pobres”. No entanto, ponderam que Lula tem uma “parcela de culpa”. “Eu acredito que ele tem uma parcela de culpa nisso porque não ia surgir essa história assim do nada”, disse um dos participantes. Mesmo assim, a maioria declarou que confia no petista apesar das acusações contra ele.

Estimulados a considerar uma eventual prisão de Lula, a grande maioria do grupo afirmou que continuará votando no ex-presidente se ele puder ser candidato.

De forma espontânea, os eleitores citaram os nomes do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e da ex-senadora Marina Silva (Rede) como possíveis candidatos da eleição presidencial.

Bolsonaro é o que apresenta a maior reprovação: foi considerado “extremista, racista, homofóbico, machista, desprezível e defensor da ditadura”, um ‘retrocesso para o País”. “Não consigo ter simpatia por alguém que gosta da ditadura. Ele veio com o discurso de que o Brasil precisa de um ‘salvador da pátria’, mas ele é como o Doria. Veja no que deu”, disse um eleitor, com críticas ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

Alckmin também foi rejeitado pelos eleitores, que consideram sua gestão “fraca” e avaliam que não houve avanços significativos no Estado nos últimos anos. “Só paulista vota no Alckmin”, disse uma eleitora. “Não votaria nem para síndico de prédio”, afirmou outro eleitor.

O apresentador de televisão Luciano Huck, que aparece com intenções de voto semelhantes à do governador paulista na pesquisa Datafolha, é admirado e bastante conhecido, mas há uma forte desconfiança sobre sua capacidade política e de gestão. “Ele administra um programa de televisão, que é pequeno. Cuidar de um país inteiro é mais complicado”, afirmou uma eleitora. Outro eleitor complementou dizendo que é “muito fácil” fazer benfeitorias para “um ou dois”, mas para milhões de pessoas é diferente. “Ele pode ter boas intenções, mas tem que ter experiência política para ser presidente”. Huck não está filiado a nenhum partido e no fim do ano passado afirmou que não pretende ser candidato.

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