Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de março de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Não há surpresa no surgimento até agora de 12 candidatos à sucessão presidencial. Quando um governo enfrenta problemas de popularidade como o atual, os partidos querem correr em faixa própria para criticar e também ganhar exposição, elegendo mais parlamentares ao Congresso.
Rodrigo Maia deu a largada, dizendo que o governo federal está falido: “Só não quebra porque pode emitir títulos da dívida ou dinheiro. Se nada for feito, voltaremos à hiperinflação pré-1994.” O deputado federal do DEM exagera, porque a inflação e a taxa de juros nunca estiveram tão baixas.
Na campanha, serão todos contra Henrique Meirelles, o único a defender a política econômica do governo. A chance é remota, mas talvez tenha a companhia de Michel Temer. Nesse caso, Meirelles passaria a vice da chapa.
Precisam descer do muro
Em política, prudência não é fraqueza. Uma das primeiras perguntas que os candidatos ao governo do Estado precisarão responder se refere à austeridade, diante dos cofres raspados. Existe algum outro caminho para o bom uso dos recursos?
Escorregão inadmissível
O pêndulo eleitoral fica na dependência dos resultados das pesquisas. O Congresso tinha se comprometido a regulamentar os institutos, tornando-os mais transparentes, mas fugiu da tarefa. Alguns, sem eira nem beira, dirigidos por sabe-se lá quem, determinam os rumos nos Estados e no País.
Assaltos diminuirão
A Secretaria da Segurança Pública prosseguirá, nos próximos dias, promovendo reuniões em que participam empresas especializadas em prevenção e diretores de bancos. São expostas tecnologias que frustram ações de assaltantes. Uma delas é a da cortina de fumaça. Arrombada uma agência, fora do expediente, espelha-se um produto que torna impossível o acesso. Deverá entrar em funcionamento no prazo de dois meses.
Briga de vaidades
O escritório de representação do Rio Grande do Sul se movimenta em Brasília para agendar a vinda do presidente Michel Temer à Expointer, que se realizará de 26 de agosto a 3 de setembro. O governo de Minas Gerais soube e não gostou: desde a posse, Temer ainda não visitou o Estado do pãozinho de queijo.
Esperam pelos cassinos
Mesmo rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o projeto que autoriza jogos de azar e bingos irá para votação em plenário nas próximas semanas. Governadores e prefeitos, que correm atrás de mais receita de impostos, apostam na aprovação pelos parlamentares.
A busca continua
Professores costumam citar, nas aulas sobre História da Política Brasileira, trecho de discurso de Tancredo Neves, quando deixou o Senado, em março de 1983, para assumir como governador de Minas Gerais:
“Há que encontrarmos, com urgência, o caminho do entendimento, senão em torno de problemas menores, certamente em torno dos graves e complexos problemas de ordem institucional e econômico-financeira.”
Pouquíssimas vezes a bússola foi achada. Desnorteada, a nação paga preço alto.
Há 55 anos
A 11 de março de 1963, o ministro da Fazenda, San Thiago Dantas, teve encontro de uma hora com o presidente John Kennedy na Casa Branca.
Entregou mensagem do presidente João Goulart, pedindo prazo para o pagamento de dívidas externas. Foi recebido com restrições. O Senado norte-americano, antes, queria conhecer com profundidade o conteúdo das pretendidas reformas de base do governo brasileiro. Crescia a certeza entre os parlamentares dos Estados Unidos que o Brasil instalaria uma república sindicalista.
Para não se perder
Está aberta a temporada da troca de partido. Os mais experientes, porém, aconselham: ao entrar, confiram bem onde é a porta de saída.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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