Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de março de 2018
Um currículo preenchido por Steve Jobs foi leiloado por US$ 174 mil. O documento assinado pelo fundador da Apple é datado de 1973, pouco tempo depois de ele abandonar a escola privada de artes Reed College, onde continuaria a frequentar algumas aulas como ouvinte por mais um ano. Jobs dedica à aula de caligrafia que teve em Reed o fato de ter se preocupado bastante em escolher fontes bonitas para o Mac.
No questionário, ele ainda não tinha nenhuma experiência de emprego e colocou o Reed College como seu endereço. Ele também não tinha telefone e respondeu literatura inglesa no espaço dedicado à especialização. Jobs marcou que tinha habilidade com computadores e calculadoras, além de habilidades especiais em engenharia eletrônica e design.
O objeto foi colocado para leilão no site RR Auction junto com outros autógrafos de Steve Jobs. A primeira assinatura foi feita em uma matéria de jornal sobre o lançamento do iPhone, enquanto a segunda estava em um manual do Mac OS X. Os dois foram vendidos por um valor total de US$ 68 mil.
Apenas alguns meses depois de preencher esse formulário, Jobs conseguiu um emprego como técnico na Atari. Dois anos mais tarde, ele deixaria a companhia de videogames para fundar a Apple, acompanhado de Steve Wozniak e Ronald Wayne. Steve Jobs faleceu em decorrência de câncer em 2011.
Marca “Steve Jobs”
Os irmãos italianos Giacomo e Vincenzo Barbato não têm dúvidas: a marca “Steve Jobs” pertence a eles, não à Apple, empresa de tecnologia criada pelo empreendedor norte-americano, nem aos herdeiros dele. A Euipo (European Union Intellectual Property Office), instituto que regulamenta a propriedade intelectual na União Europeia, concorda com a dupla, tanto que lhes deu razão no processo judicial que enfrentaram e ganharam contra os gigantes da Califórnia, nos Estados Unidos.
Tudo começou em julho de 2012, quando os dois empreendedores decidiram registrar a marca com o nome do célebre pioneiro. “Queríamos criar algo inovador que fosse uma homenagem a um gênio do nosso tempo. Jobs é uma espécie de ‘Leonardo Da Vinci da modernidade’. Fizemos várias pesquisas de mercado e percebemos que a Apple ainda não havia registrado o nome do seu fundador”, Steve Jobs, falecido em outubro de 2011, aos 56 anos, vítima de um câncer pancreático.
“Nós o fizemos e, pouco tempo depois, recebemos quatro pastas recheadas de documentos e uma carta na qual se falava de US$ 1 bilhão de indenização por danos”, relembram os irmãos.
Segundo especialistas, danos estimados em 1 bilhão de dólares poderiam não representar nada se comparados às possibilidades futuras. Basta imaginar a comercialização de um smartphone da marca “Steve Jobs” utilizando o sistema Android, em vez de iOS, por exemplo, para se perceber o quanto poderia custar caro para a Apple, em termos de imagem, essa batalha perdida.
Os empreendedores italianos já anunciaram que lançarão produtos eletrônicos com a sua marca. “Nos documentos que chegaram, a Apple ressaltou toda a ligação profissional existente entre a empresa e Steve Jobs. Estranhamente, a Apple não nos condenou pelo nome, mas sim pelo logotipo da nossa empresa”, dizem os irmãos.