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Brasil As redes sociais não divulgam se houve punição para quem publicou informações falsas sobre a vereadora assassinada no Rio de Janeiro

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Caso Marielle mostra que as "fake news" ainda encontram terreno fértil na internet. (Foto: Reprodução)

Os boatos que tomaram as redes sociais envolvendo a vereadora fluminense Marielle Franco (PSOL), após ela ser executada a tiros na semana passada, continuam no ar nas redes sociais – e com o número de interações aumentando. Em perfis no Facebook e no Twitter, ainda era possível encontrar, até o início da noite dessa segunda-feira, postagens que ligavam a parlamentar à facção criminosa Comando Vermelho, diziam que ela engravidou aos 16 anos e foi casada com o traficante Marcinho VP, fatos já desmentidos.

Procuradas, as empresas responsáveis pelas redes sociais citaram projetos que estão em desenvolvimento para combater notícias falsas, mas não comentaram sobre o caso específico de Marielle, nem divulgaram se houve bloqueio, suspensão ou punições a usuários que publicaram informações falsas sobre a vereadora.

O departamento jurídico do PSOL já recebeu mais de 16 mil denúncias sobre publicações que difamam a vereadora, incluindo a já tristemente famosa postagem da desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acusou Marielle de estar “engajada com bandidos”. Além dela, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi um dos que também divulgaram acusações sem provas. Fraga excluiu a publicação e suspendeu suas redes sociais, mas ainda há muitos boatos circulando nas redes.

Uma publicação na página do coronel da PM (Polícia Militar) Márcio Tadeu Anhaia Lemos, que tem mais de 70 mil seguidores, trazia afirmações que ligavam Marielle ao tráfico e chegou a mais de 500 compartilhamentos e 1,2 mil interações. Ele publicou as acusações sem saber se eram verdadeiras e alegou ter recebido a informação falsa em grupos de WhatsApp e resolveu publicar em sua página porque “não encontrou nenhuma informação que dissesse o contrário”. Lemos, que é bacharel em Direito, deletou a postagem nas não se retratou.

Traço comum

Outras páginas e perfis que publicaram informações sobre Marielle não têm identificação ou há informações genéricas e pouco detalhadas. Uma aspecto, porém, parece ser comum aos responsáveis por esse tipo de mensagem: são usuários da rede que compartilham várias publicações de diversas páginas ao longo do dia, mesclando vídeos engraçados e piadas com críticas políticas.

A imprensa tem procurado o Facebook para saber se a rede social tem suspendido, bloqueado ou aplicado alguma punição às contas que divulgam notícias falsas. Em nota, a rede social se limitou a informar que “dá voz às pessoas e tem sido usada para mobilização e debate de temas que são relevantes para a sociedade”.

“Sabemos que informações corretas são importantes para gerar conversas significativas entre amigos e familiares na plataforma, e estamos tomando uma série de medidas para reduzir a disseminação de notícias falsas. Também estamos trabalhando com agências de checagem brasileiras e outras organizações sobre como identificar conteúdos enganosos”, finalizou.

Twitter

A situação é parecida no Twitter. Ainda estão no ar publicações falsas a respeito da vereadora, na mesma linha das publicadas no Facebook, algumas com dezenas de respostas. A plataforma também não informou se houve suspensão de contas neste caso, mas diz que “o Twitter está comprometido em lutar contra a desinformação e considera o combate ao uso indevido de contas automatizadas uma prioridade”.

Diz, ainda, que vem tomando medidas contra o uso de robôs e a desinformação, além de ter planos para lançar, em breve, um Centro de Transparência Publicitária, destinado a informar sobre quem anuncia no Twitter e tem identificado e suspendido contas automatizadas.

Google

A mudança mais visível em relação ao combate à desinformação no caso específico de Marielle foi feita pelo Google. A empresa colocou em destaque artigos que esclarecem as informações a respeito da vereadora quando se faz uma pesquisa com o nome da vereadora, por exemplo. Também não são apresentados, pelo menos nas três primeiras páginas em que os resultados da busca aparecem, qualquer link para sites que tenham divulgado informações falsas.

A empresa também tem desenvolvido projetos para evitar a dissipação das chamadas “fake news”, como a de checagem colaborativa, mudanças no algoritmo de busca para privilegiar conteúdo de qualidade e um projeto para facilitar assinaturas digitais via plataformas do Google.

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