Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Como há precedentes para todas as formas de absurdo no Brasil, até nas decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente Lula ganhou confiança após ganhar, na quinta (22), a “pizza provisória” até o dia 4. Uma das opções de Lula é disputar a eleição mesmo preso, sob os auspícios do STF, fazendo o Brasil correr o risco de ser o primeiro país a eleger presidente um corrupto condenado na Justiça. Empossado, o petista seria solto e todos seus processos, suspensos.
Tese de advogado
Acatado o Recurso Especial ao Superior Tribunal de Justiça, Lula teria “efeito suspensivo” da pena. O STF pode seguir esse mau caminho.
Suspende até a ficha limpa
Com pena suspensa no STF, Lula pode fazer registro da candidatura, e a Justiça Eleitoral, em tese, também poderia fechar os olhos.
Sonho dele
Lula é ficha suja, mas sonha com uma solução que não apenas o livre da cadeia, como também garanta sua candidatura presidencial.
Português claro
Se o STF fizer tudo o que o ex-presidente deseja, o Brasil pode eleger e empossar o primeiro presidente oficialmente corrupto.
Ministro elogia senador que insultou Temer
Em Alagoas para representar Michel Temer na inauguração de uma obra federal (trecho da duplicação da BR-101), terça (27), o ministro Moreira Franco aproveitou para fazer política. Mas exagerou na dose, derramando-se em elogios a Renan Calheiros, que insultou seu chefe de “presidente ilegítimo”, “líder de facção”, “covarde” e ainda acusou o governo de incompetente, comparando-o à “seleção de Dunga”.
Toma lá, dá cá
Esteve “naquele momento lindo” outro ministro, que trocou cargos no governo local por apoio a Calheiros: Maurício Quintella (Transportes).
Elogios ao filho
Além de elogiar o senador que xinga Temer e apoia Lula, Moreira Franco o parabenizou por Renan Filho, o governador de Alagoas.
Jatinho da alegria
Simpaticão, Moreira ainda ofereceu aos alagoanos carona no jatinho da FAB para Brasília. Quem estava a bordo é um segredo de Polichinelo.
Saldo do troca-troca
Ao menos 37 deputados devem trocar de partido na janela de infidelidade partidária deste ano. Outros oito deputados ainda articulam a mudança: infiéis representarão quase 9% da Câmara dos Deputados.
Emoção no ar
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, concedia entrevista ao “Bastidores do Poder”, da rádio Bandeirantes, quando foi interrompido pela notícia da prisão domiciliar de Maluf. Ele embargou a voz, emocionado. “Sou advogado das antigas”, murmurou encabulado.
Críticas já começam
Mal lançou a candidatura a presidente pelo PRB, o ex-deputado Flavio Rocha já é criticado por aparecer com ex-ministro do Desenvolvimento Industrial Marcos Pereira, político denunciado no escândalo da JBS.
Ele tem a força
Mesmo preso na Lava Jato, Orlando Diniz continua influente no setor que liderava. À exceção dele próprio, que saiu da disputa, foi mantida toda sua chapa na eleição da Fecomércio-Rio.
Baena em Lima
O governo do Peru concedeu agrément e Rodrigo Baena Soares será embaixador em Lima. Filho do saudoso Baena Soares, ex-secretário-geral da OEA, ele é um dos diplomatas brasileiros mais admirados.
DEM cresce
O DEM é caso raro na Câmara: nenhum dos deputados federais deixou o partido na janela de infidelidade partidária. E ainda vai ganhar ao menos cinco parlamentares. Arthur Maia (PPS-BA) pode ser o sexto.
Formação de… “grupo”
Vice de Eduardo Cunha (MDB) quando era presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA) deixou o PP pelo PT de Lula e Dilma, assim como Celso Pansera, que abandonou Cunha para se filiar ao PT.
Diferente
Repercutiu em Maricá (RJ) o vídeo que mostra o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (MDB) sendo xingado ao sair do hotel Vitória, em Campinas. Um jornal do município tripudiou: “Maricá, eu tô ferrado lá”.
Pensando bem…
… o “atentado” à comitiva de Lula parece ter tanta credibilidade quanto promessa de político em campanha eleitoral.
PODER SEM PUDOR
Pistolão no PT
O então ministro do Planejamento de FHC, Guilherme Dias, surpreendia assessores pela paciência e simplicidade no relacionamento com o cidadão comum. Certa vez recebeu carta desaforada de um servidor, simpatizante do PT, e não só a respondeu, espantando o missivista, como resolveu o problema relatado. Em outra carta, dessa vez amável, o servidor federal agradeceu as providências e avisou:
– Vou pedir ao Lula para manter o senhor no ministério.
Assim o ministro ganhou o seu primeiro “pistolão” no PT.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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