Terça-feira, 18 de março de 2025
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2018
O helicóptero que trazia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de São Paulo pousou por volta das 22h30min deste sábado (7) no prédio da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR).
Com a chegada de Lula, os manifestantes contrários e favoráveis ao petista se exaltaram e a polícia precisou conter a multidão com bombas de efeito moral e balas de borracha.
Houve correria e os manifestantes se dispersaram. A PM (Polícia Militar) permaneceu perfilada em uma rua nas proximidades e parte dos manifestantes seguiu no local. Não houve violência por parte dos manifestantes antes da ação.
Muitos se penduraram na grade da superintendência, mas a PM não havia feito alertas. Os simpatizantes planejavam manter uma vigília com barracas em um dos acessos da PF.
Na sede da PF, os manifestantes foram separados por um cordão de isolamento da PM (Polícia Militar). Os manifestantes contrários a Lula estão ao lado direito e os simpatizantes ao lado esquerdo. Neste local, os jornalistas foram hostilizados pelos manifestantes. Uma equipe da Band Curitiba chegou a ficar presa por cerca de meia hora, impedida pelos manifestantes de se movimentar. Só saiu com a escolta da PM.
Alguns manifestantes entraram em confronto. A maioria do grupo anti-Lula soltou rojões, buzinou e alternou o Hino Nacional ao grito de guerra “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.
Líder do PT paranaense, o ex-deputado Doutor Rosinha disse que as bombas, que partiram de um grupo da PF que protegia a superintendência, deixou manifestantes feridos.
Ele afirmou que esses agentes decidiram dispersar a manifestação sem que houvesse nenhum ato de vandalismo dos apoiadores.
“Foi canalha”, disse.
Na sequência, a PM também atacou os manifestantes.
Segundo Rosinha, pouco antes ele havia participado de uma reunião com a PF para discutir a desocupação do local como maneira de cumprir uma decisão judicial. Ele diz que houve um acordo com autoridades e os grupos rivais pouco antes da ação da polícia.
De acordo com o tenente Murilo Rotondo, do Corpo de Bombeiros, nove pessoas precisaram de atendimento médico, a maioria com escoriações e ferimentos leves. Uma delas foi um policial militar agredido com um soco no rosto. Quatro crianças também estão entre as pessoas atendidas. O tenente disse que os bombeiros não atenderam pessoas feridas por estilhaços de bombas ou balas de borracha.
Após se entregar na noite deste sábado (7), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Superintendência da PF, em São Paulo, para fazer exame de corpo de delito. Após realizar o exame, Lula seguiu de helicóptero em direção ao aeroporto de Congonhas rumo a Curitiba.