Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de abril de 2018
O diretório nacional do PT decidiu nesta segunda-feira, em Curitiba, no Paraná, formalizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República e dar início à pré-campanha eleitoral mesmo com o petista preso. De acordo com o PT, que considera a condenação e prisão do ex-presidente injustas, “a liberdade de Lula tornou-se questão central para a retomada do processo democrático no Brasil”.
Na resolução aprovada, o Partido dos Trabalhadores reafirma que Lula é a única alternativa da sigla para a disputa presidencial e pela primeira vez determina de maneira formal providências para o registro da candidatura de quem considera o líder maior do partido.
Entre as providências aprovadas pela cúpula do PT estão: “Convocar para 28 de julho o Encontro Nacional do PT que indicará formalmente Lula candidato a presidente; registrar a candidatura na Justiça Eleitoral em 15 de agosto, conforme determina a legislação; apresentar ao País, nas próximas semanas, as diretrizes do programa de governo Lula”.
Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, os petistas querem também deflagrar a pré-campanha “Lula Presidente” com ações de comunicação nas ruas do País, nas redes sociais e na imprensa. A ideia é articular, também, a pré-campanha de Lula com os lançamentos das chapas estaduais, para governador, senadores, deputados estaduais e federais.
Por outro lado, o PT também decidiu reforçar os laços com os demais partidos de esquerda por meio da Frente Nacional em Defesa da Democracia, dos Direitos e da Soberania, que inclui PSOL, PDT, PSB e PC do B, além de movimentos sociais e figuras do meio artístico e intelectual, com o objetivo de se contrapor ao avanço da extrema direita e da violência política exemplificada, segundo o PT, pelo assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, e seu motorista, e o ataque a tiros à caravana de Lula no Paraná.
O PT lembrou, ainda, que Lula continua liderando as pesquisas eleitorais mesmo preso. Mais cedo a direção petista recebeu uma carta do ex-presidente na qual ele se diz feliz com o resultado das pesquisas e questiona aliados que defendem uma atitude mais discreta do petista até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue a ação que questiona a prisão em segunda instância impetrada pelo PCdoB. “A Suprema Corte não tem que me absolver porque vou ficar bonzinho. Tem que votar porque sou inocente”, disse o ex-presidente Lula.