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Mundo Manifestações de 1º de Maio tiveram confrontos na Turquia e na França

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Ativistas jogam pedras em polícias durante protestos do Dia do Trabalhador em Paris. (Foto: Reprodução)

Dezenas de pessoas foram presas nesta terça-feira (1º) em Istambul após tentarem entrar na praça principal da cidade durante a manifestação pelo Dia do Trabalho. O governo turco tinha proibido atos no local por questões de segurança. Toda a região em volta da praça Taksim foi bloqueada pela polícia, mas isso não impediu grupos de tentarem chegar ao local. Além da Turquia, a França também registrou confrontos após grupos anarquistas convocarem protestos pelo país.

Na Turquia, aos gritos de “vida longa ao 1º de Maio” e “a praça Taksim não pode ficar de fora do 1º de Maio”, os manifestantes tentaram se aproximar, mas acabaram entrando em confronto com as forças de segurança. Ao menos 45 pessoas foram detidas. Na França, a polícia de Paris usou bombas de gás e canhões de água para dispensar os manifestantes, a maioria mascarados, que estavam destruindo vidros de lojas e restaurantes na cidade. Não há informação sobre o número de pessoas feridas ou detidas.

O protesto também teve cantos contra o presidente Emmanuel Macron, que tenta aprovar uma reforma trabalhista e previdenciária. A previdência também foi alvo de protestos na Espanha, onde os manifestantes pediram melhores salários e um aumento na aposentadoria, além da igualdade de gênero. O assunto também foi citado em discurso na Suécia.

Na Áustria e na Dinamarca os manifestantes criticaram os governos locais, de centro-direita. Em Viena, o principal alvo eram os cortes propostos pelo novo chanceler, Sebastian Kurz. Manifestantes na Coreia do Sul e nas Filipinas também criticaram o governo e pediram melhorias nas condições de trabalho.

Já na Rússia, onde os atos costumam ser usados como uma forma de apoio ao governo, uma parte dos manifestantes em São Petersburgo deixou o evento oficial e aproveitou a ocasião para protestar contra a decisão do governo de bloquear o aplicativo de mensagens instantâneas Telegram no país.

O principal opositor ao governo de Vladimir Putin, Alexei Navalny, foram às ruas em Moscou contra o aumento da vigilância na internet. A manifestação, autorizada pela prefeitura de Moscou, reuniu no centro da capital russa cerca de 8 mil pessoas, segundo estimativas da polícia e dos organizadores, um número relativamente alto para uma concentração da oposição no país. Em agosto do ano passado, um protesto similar contra as restrições na Internet reuniu apenas mil pessoas em Moscou.

Os manifestantes levantaram cartazes com lemas contra o governo e bandeiras russas, enquanto alguns gritaram “Putin é um ladrão”, ou “não fique em silêncio”, constataram jornalistas da AFP.

“Todo mundo tem o direito de escolher”, disse à AFP Tatiana Filatova, uma mulher aposentada. “Quando vivemos sob regras estritas, a vida fica chata e o céu fica cinza”, acrescentou. O líder opositor Navalni se dirigiu à multidão e agradeceu ao cofundador do Telegram, Pavel Dourov, por criar este serviço de mensagens criptografadas, apreciado por um grande número de russos. “Vocês estão preparados para resistir?”, perguntou aos manifestantes que responderam em um uníssono “Sim”, gritando em seguida: “abaixo o czar”.

Há duas semanas, a Rússia bloqueou milhões de endereços IP utilizados para contornar a obstrução ao Telegram, ordenada pela Roskomnadzor, a autoridade de telecomunicações russa, depois que a empresa não respeitou uma decisão judicial de fornecer aos Serviços Especiais os códigos para ler as mensagens de seus usuários.

Entre os endereços IP bloqueados, milhares estão vinculados a serviços de “cloud” da Amazon e mais de um milhão ao do Google, de acordo com um porta-voz da Roskomnadzor citado pela agência de notícias Interfax. Fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, criadores da rede social VKontakte, o Telegram conta atualmente com 200 milhões de usuários em todo mundo. Destes, 7% estão na Rússia, segundo Pavel Durov.

 

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https://www.osul.com.br/atos-de-1o-de-maio-tem-confrontos-na-turquia-e-na-franca/ Manifestações de 1º de Maio tiveram confrontos na Turquia e na França 2018-05-01
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