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Ciência Cientistas anunciaram avanços na criação do plástico “infinitamente reciclável”

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Atualmente, apenas cerca de 5% do plástico no mundo é reciclado. (Foto: Reprodução)

Cientistas norte-americanos anunciaram na semana passada que fizeram avanços em direção a um tipo de plástico que pode ser reciclado “infinitamente” e que este parece ser durável o suficiente para competir com os plásticos comuns. As informações são da agência de notícias AFP e da BBC.

Diferentemente dos plásticos feitos a partir de derivados de petróleo, o novo tipo pode ser transformado de volta ao seu estado original de pequenas moléculas e transformado em novos plásticos repetidas vezes, disse o relatório na revista “Science”.

Os polímeros podem ser quimicamente reciclados e reutilizados, em princípio, infinitamente”, disse o autor principal, Eugene Chen, professor do Departamento de Química da Universidade Estadual do Colorado.

Chen advertiu que a pesquisa foi feita apenas em laboratório e que é necessário mais trabalho para desenvolvê-la.

No entanto, a equipe ampliou um avanço que anunciou em 2015, que resultou em um plástico totalmente reciclável que era mais macio do que o ideal.

Fazer a versão antiga exigia condições extremamente frias e o produto final tinha baixa resistência ao calor.

O novo produto corrige todos esses problemas, disseram os pesquisadores.

Um comentário que acompanhou o artigo na “Science” disse que o trabalho é “um passo importante” na abordagem do problema do plástico no planeta.

Sob o novo processo, “os resíduos de plástico são despolimerizados de volta ao material inicial e depois repolimerizados para produzir plásticos do tipo virgem”, disse o comentário.

Esse tipo de avanço “pode levar a um mundo em que os plásticos no final de sua vida não são considerados resíduos, mas matéria-prima para gerar produtos de alto valor”.

Atualmente, apenas cerca de 5% do plástico no mundo é reciclado.

A produção global de plástico deverá ultrapassar 500 milhões de toneladas métricas até 2050.

Especialistas preveem que em meados do século haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.

Praias brasileiras

De acordo com um estudo divulgado no início deste ano, mais de 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras é composto por itens feitos de plástico, como garrafas, copos descartáveis, canudos, cotonetes, embalagens de sorvete e redes de pesca.

Esta é uma das principais conclusões de um trabalho de monitoramento realizado desde 2012, em 12 delas, pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), uma associação que reúne entidades e empresas do setor.

As pesquisas sobre a questão do lixo no mar ainda são escassas e incipientes, tanto no Brasil como no exterior. Mas, em termos mundiais, sabe-se que os resíduos sólidos nos oceanos possuem diversas proveniências.

Estima-se que 80% deles tenham origem terrestre. Entre as causas disso estão a gestão inadequada do lixo urbano e as atividades econômicas (indústria, comércio e serviços), portuárias e de turismo. A população também tem parte da responsabilidade pelo problema, devido principalmente à destinação incorreta de seus resíduos que, muitas vezes, são lançados deliberadamente na rua e nos rios, gerando a chamada poluição difusa.

Os 20% restantes têm origem nos próprios oceanos, gerados pelas atividades pesqueiras, mergulho recreativo, pesca submarina e turismo, como os cruzeiros, por exemplo.

No ranking dos países mais poluidores dos mares, o Brasil ocupa a 16ª posição, segundo um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos e divulgado em 2015. Eles estimaram a quantidade de resíduos sólidos de origem terrestre que entram nos oceanos em países costeiros de todo o mundo. Aqui, todos os anos são lançados nas praias entre 70 mil e 190 mil toneladas de materiais plásticos descartados.

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https://www.osul.com.br/cientistas-anunciaram-avancos-na-criacao-do-plastico-infinitamente-reciclavel/ Cientistas anunciaram avanços na criação do plástico “infinitamente reciclável” 2018-05-01
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