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Mundo A Nasa finaliza os detalhes de sua viagem “ao coração de Marte”

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Em julho do ano que vem, a Nasa planeja enviar mais uma sonda ao planeta, a "Mars 2020". (Foto: Reprodução de internet)

A Nasa (a agência espacial norte-americana) se encontrava nesta sexta-feira (4) na última fase prévia ao lançamento da sua missão InSight, que tem como objetivo analisar “o coração de Marte” e que deve decolar da Califórnia (Estados Unidos) neste sábado (5).

Se tudo sair de acordo com os planos, a nave, que leva a primeira sonda capaz de perfurar o solo e estudar o interior do Planeta Vermelho, deverá chegar a Marte na última semana de novembro. A missão principal será desenvolvida ao longo de 700 dias marcianos, com fim previsto para novembro de 2020.

A missão Exploração Interior com uso de Investigação Sísmica, Geodésia e Transporte de Calor, InSitght na sigla em inglês, colocará um módulo de pouso geofísico em Marte para estudar o interior do planeta. Mas, segundo a Nasa, seu objetivo vai além disso: a sonda também estudará questões fundamentais da ciência dos planetas e do Sistema Solar, para que os pesquisadores compreendam os processos que levaram à formação dos planetas rochosos do Sistema Solar Interno – entre eles a Terra – há mais de 4 bilhões de anos.

Segundo a Nasa, missões anteriores enviadas a Marte investigaram a história da superfície do planeta a partir da análise de características de seus cânions, vulcões, rochas, montanhas e solo. Mas, até agora, nenhuma missão analisou a evolução inicial do planeta, que só pode ser estudada observando o subsolo.

Utilizando instrumentos geofísicos sofisticados, o módulo escavará a superfície marciana para detectar pela primeira vez as marcas dos processos de formação dos planetas rochosos e para medir os “sinais vitais” de Marte: seu “pulso” (sismologia), “temperatura” (fluxos de calor) e “reflexos” (rastreamento de precisão).

Para estudar o solo marciano, a InSight é equipada com diversos instrumentos operados por um braço robótico, incluindo sismômetros – que medem as ondas sísmicas provocadas por impactos de meteoros e por “martemotos” – e uma broca com uma sonda térmica, que irá perfurar o solo em até 5 metros e medir os fluxos de calor no interior do planeta.

Como Marte é geologicamente menos ativo que a Terra – ele não possui placas tectônicas, por exemplo –, o planeta mantém um registro mais completo de sua história em sua crosta, seu manto e seu núcleo. Ao estudar essas características, os cientistas poderão descobrir mistérios sobre os processos evolutivos de todos os planetas rochosos.

Antes da InSight, 14 missões já haviam sido enviadas a Marte. Nove delas foram lançadas pelos Estados Unidos, sendo que duas fracassaram, em 1999. Das demais missões – todas fracassadas – três foram lançadas pela União Soviética, uma pelo Reino Unido e uma por uma parceria entre as agências espaciais da Europa e da Rússia.

Costa Oeste

Pela primeira vez uma missão planetária é lançada a partir da Costa Oeste dos Estados Unidos. Em vez da tradicional base de lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a InSight será enviada a partir da Base Vandenberg da Força Aérea Americana, localizada na região de Santa Bárbara, na Califórnia.

O lançamento é com o foguete Atlas V, da United Launch Alliance, uma joint venture das empresas Lockheed Martin e Boeing. Além da InSight, o foguete levará ao espaço também o experimento tecnológico MarCO (Mars Cube One).

Composto por duas mini-espaçonaves, o MarCO testará pela primeira vez no espaço profundo uma tecnologia de CubeSat, termo que remete às palavras “cubo” e “satélite” em inglês. Esse tipo de satélite miniaturizado – ou nanossatélite – é em geral utilizado para pesquisas espaciais acadêmicas. Os dois pequenos equipamentos foram desenvolvidos para testar novas tecnologias de comunicação e navegação para missões espaciais.

A missão InSight é parte do Programa Descoberta, da Nasa. A nave – incluindo o estágio de cruzeiro e o módulo de pouso – foi construída e testada pela Lockeed Martin Space, em Denver, nos Estados Unidos. O programa tem participação de várias instituições europeias, como a Agência Espacial Francesa, o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França e o Centro Aeroespacial da Alemanha.

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https://www.osul.com.br/a-nasa-lancara-uma-nave-que-escavara-o-solo-de-marte/ A Nasa finaliza os detalhes de sua viagem “ao coração de Marte” 2018-05-04
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