Sábado, 15 de março de 2025
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2015
Em nota de balanço sobre os trabalhos no primeiro semestre, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o Congresso não é agente de instabilidade e que é a crise econômica que gera a crise política pela qual passa o País.
“O Congresso, composto de homens responsáveis e patriotas, não é um agente de instabilidade. As dificuldades que ora enfrentamos não foram criadas aqui, mas nem por isso nos omitimos. Não é a política que contamina a economia. Quem alimenta a crise política é a crise econômica”, afirmou o senador.
Calheiros, que faz parte da base aliada do governo mas se posiciona como crítico do ajuste fiscal proposto pela presidenta Dilma Rousseff, escreveu ainda críticas à política econômica do Brasil. Ele chamou os juros no País de “pornográficos”.
“O ajuste fiscal caminha para ser um desajuste social com a explosiva combinação recessão, inflação alta, desemprego e juros pornográficos. Até aqui só o trabalhador pagou a conta e não há ainda horizonte após o ajuste”, continuou o senador.
A nota do presidente do Senado foi divulgada depois de o colega dele de partido, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter informado, em entrevista coletiva, que passará a integrar a oposição ao governo.
Cunha e Calheiros impuseram dificuldades ao Planalto em votações no primeiro semestre. Uma delas, a devolução da MP (medida provisória) que reduzia desonerações, foi lembrada pelo senador na nota.
“Aqui procuramos ajudar, contribuir e aperfeiçoar medidas para recolocar a Nação no rumo do crescimento e da distribuição de riquezas e, quando necessário, frear a sanha arrecadadora como o fizemos na devolução de uma medida provisória juridicamente equivocada que teria agravado a recessão e o desemprego”, lembrou o senador. (AG)