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Brasil O presidenciável Geraldo Alckmin falou em dar trator ao produtor rural. Já o presidenciável Jair Bolsonaro disse que prefere armá-lo com um fuzil

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(Foto: Reprodução)

Adversários na disputa pela Presidência da República, o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) fizeram, nesta quarta-feira (16), propostas diferentes para uma das principais reclamações do agronegócio no Brasil, a insegurança e conflitos no campo. Questionados sobre o porte de arma para proprietários de terras e trabalhadores rurais, Bolsonaro disse que defendia o direito do produtor rural de ter um “fuzil”; Alckmin, por sua vez, pregou o combate aos criminosos e disse que o produtor precisa de um “trator”.

“No que depender de mim, o homem do campo vai ter fuzil em sua propriedade”, disse Bolsonaro a veículos de imprensa especializados no setor, repetindo a proposta que se tornou bandeira de sua campanha e de atuação de seus aliados no parlamento. Bolsonaro também classificou como criminosas ações do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

“Cada produtor rural deve ter um trator para poder produzir, alimentar o povo e aumentar a produtividade”, respondeu Alckmin, ao ser indagado se concordava com a ideia do adversário. “É intolerável ter invasão de propriedade. Invadiu, ‘desinvade’. É imediato. Nós temos é que prender bandido, isso sim. Não é discurso, é fazer. Não é promessa, é o que efetivamente já foi feito”, disse ele, destacando redução de índices de criminalidade em São Paulo.

O tema está em discussão no Congresso Nacional, como uma alteração no Estatuto do Desarmamento. Os dois pré-candidatos visitaram nesta quarta a feira AgroBrasília, realizada na zona rural da capital federal. Ambos falaram em dar segurança jurídica e pública no campo.

Bolsonaro afirmou que sua primeira proposta para o setor é “não atrapalhar” o agronegócio. Alckmin falou em ampliar a pesquisa, seguro de renda, melhorar a logística, a sanidade vegetal e animal e apresentar um plano plurianual de crédito. “Nossa grande vocação é agroindustrial”, disse o tucano.

Os dois pré-candidatos disputaram a atenção de visitantes e expositores na feira. A claque de militantes de Alckmin era maior, mas Bolsonaro foi mais tietado. Havia carros adesivados com o nome do deputado e fãs trajados com camisas dele. Um deles era o estudante de Administração Francisco Cenci, de 24 anos, que vestia uma camiseta preta estilizada com o rosto do parlamentar do PSL e a inscrição “Bolsonaro presidente”. Ele virou a camiseta do avesso para tentar uma foto ao lado de Alckmin. “Estou em dúvida. Ele (Alckmin) é meu segundo voto”, disse.

Questionado se tinha a preferência do setor, Bolsonaro afirmou que atualmente nenhum pré-candidato “domina nada”.

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