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Por Redação O Sul | 22 de maio de 2018
O governo federal reduziu de 2,97% para 2,5% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2018. O dado consta no relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, divulgado nesta terça-feira (22) pelo Ministério do Planejamento.
A revisão do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País em um determinado período – já havia sido adiantada na semana passada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em entrevista à imprensa estrangeira. A expectativa menor para o PIB neste ano é reflexo da divulgação de indicadores que apontam para uma recuperação econômica mais lenta do que o esperado.
Na semana passada, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) indicou retração de 0,13% no PIB no primeiro trimestre de 2018, na comparação com os últimos três meses de 2017. O resultado oficial do PIB no primeiro trimestre será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no dia 30 de maio.
A retração registrada no primeiro trimestre de 2018 é a primeira desde o quarto trimestre de 2016, quando o IBC-Br apontou recuo de 0,78% na economia. O IBC-BR é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, que é calculado pelo IBGE.
Além disso, no início de maio o IBGE já havia apontado que a produção da industrial brasileira encerrou o primeiro trimestre estagnada na comparação com o trimestre anterior, o que contrariou previsões do mercado.
Economistas também já vinham reduzindo sistematicamente sua previsão para o crescimento da economia. No mais recente relatório Focus, pesquisa semanal do Banco Central com mais de cem instituições financeiras, a estimativa para o PIB foi revisada de 2,71% para 2,51%.
Taxa de câmbio e inflação
No relatório divulgado nesta terça-feira, o governo federal também aumentou de R$ 3,27 para R$ 3,35 a taxa média do câmbio em relação ao dólar. Isso significa que o governo crê que a cotação média da moeda norte-americana neste ano ficará em R$ 3,35. O governo também reviu para cima a previsão para o preço médio do barril de petróleo: de US$ 64,98 para US$ 68,30.
A revisão desses parâmetros tem impacto na estimativa de receitas do governo federal com impostos e tributos e é influenciada pelo movimento recente de valorização do dólar e o avanço do preço do petróleo internacionalmente.
Por outro lado, o Ministério do Planejamento reduziu de 3,64% para 3,11% a projeção para a inflação neste ano no Brasil. Se confirmado, o resultado ficará abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5% em 2018. No entanto, como a meta possui limites de tolerância para baixo e para cima, ela seria considerada formalmente cumprida.