Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2015
A Engevix informou na quarta-feira que vendeu à holding argentina Corporación América sua participação nos aeroportos de Brasília e Natal, em meio às dificuldades financeiras do grupo brasileiro citado nas investigações da Operação Lava-Jato.
Como o contrato de venda ainda deve passar pela revisão e aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), os detalhes da transação estão sujeitas a cláusula de confidencialidade, informou a companhia em comunicado.
A Engevix é uma das empresas citadas na Operação Lava-Jato, que investiga denúncias de sobrepreço em contratos da Petrobras com grandes empreiteiras do país. Os grupos Schahin, OAS, Galvão Engenharia e Alumini pediram recuperação judicial.
Em 13 de fevereiro, o sócio do grupo Engevix José Antunes Sobrinho havia afirmado que a empresa estava aberta a estudar a venda da participação na Inframérica.
Além da Engevix, a OAS já avisou que está nos estágios finais para a venda de sua participação na Invepar, principal sócia no grupo que administra a concessão do aeroporto de Guarulhos (SP).
Dada a crise que se instalou nas áreas de óleo e gás e de construção civil, várias grandes empreiteiras estão tomando medidas drásticas para equacionar a situação financeira.
Engevix e Corporación América fazem parte do Consórcio Inframérica, que tem 100 por cento do aeroporto de Natal e 51 por cento de Brasília (neste, os restantes 49 por cento restantes são da Infraero).
Com uma proposta de 170 milhões de reais, o consórcio venceu em agosto de 2011 o leilão que concedeu ao grupo o direito de construir, manter e explorar o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (Natal), no Rio Grande do Norte. O mesmo grupo venceu o leilão para o aeroporto de Brasília, em fevereiro de 2012, com lance de 4,5 bilhões de reais.