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Brasil Os petroleiros decidiram que entrarão em greve na quarta-feira

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Os sindicatos pedem mudanças na política de preços da Petrobras e a substituição de Pedro Parente no comando da companhia. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil )

A FUP (Federação Única dos Petroleiros), representante de empregados da Petrobras, decidiu iniciar manifestações a partir deste domingo (27) e, à zero hora da próxima quarta-feira (30), iniciar uma greve de 72 horas, segundo uma fonte. A definição saiu de um encontro realizado por teleconferência na tarde deste sábado (26).

A lista de reivindicações inclui cinco pontos, um deles é a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. Os sindicalistas pedem também a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal. O comunicado que será enviado ainda neste sábado à empresa contesta também a presença de unidades das Forças Armadas em instalações da Petrobras.

A greve se estenderá até as 23h59min do dia 1º de junho. Já no domingo (27), a troca de turnos será atrasada nas refinarias nas quais foram colocadas à venda participações, o que deve deixar a operação mais lenta. Foram incluídas no programa de desinvestimento a Rlam, na Bahia; a Abreu e Lima, em Pernambuco, a Refap, no Rio Grande do Sul, e a Repar, no Paraná.

Trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) já cruzaram os braços no turno de 8 horas a 16 horas de sábado, em solidariedade ao movimento de greve dos caminhoneiros, informou o Sindipetro-RS (Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul).

Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, a operação não foi afetada. Isso porque os trabalhadores do turno anterior, de meia-noite às 8 horas, assumiram os trabalhos. A diretora de comunicação do Sindipetro-RS, Élida Maich, informou que a paralisação foi decidida por cerca de 70 petroleiros reunidos na porta da Refap, na entrada do turno das 8 horas.

A entrada da Refap foi bloqueada por manifestantes desde o início do movimento grevista dos caminhoneiros. Segundo a Petrobras, há bloqueios em várias refinarias, mas nenhuma unidade teve impacto na operação de produção.

Na semana retrasada, a Federação Única dos Petroleiros aprovou greve por tempo indeterminado, mas sem definir uma data. A entidade divulgou um calendário que previa a definição da data de início da greve para o próximo dia 12, mas o Sindipetro-RS resolveu se antecipar ao movimento com a ação localizada na Refap. “Como os petroleiros são contra a política de aumento de combustíveis, entramos em solidariedade aos caminhoneiros”, afirmou Elida.

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