Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2018
O ICOM (Índice de Confiança do Comércio), divulgado nesta quarta-feira (27) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), caiu 3 pontos em junho, ao passar de 92,6 para 89,6 pontos, retornando ao mesmo nível de setembro de 2017. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 2,4 pontos.
“A queda da confiança em junho mostra que a recuperação que o setor vinha apresentando até o início de 2018 começou a perder fôlego no segundo trimestre. O ritmo lento da economia, o tímido avanço do mercado de trabalho e a greve dos caminhoneiros de maio influenciaram para piora da percepção com situação atual e principalmente das expectativas, mostrando que os empresários ainda estão cautelosos em relação aos próximos meses”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio da FGV.
Em junho, a confiança de oito dos 13 segmentos pesquisados recuaram. O ISA-COM (Índice de Situação Atual) caiu 2,2 pontos, registrando 87,2 pontos, menor nível desde dezembro de 2017 (85,6 pontos). Já o IE-COM (Índice de Expectativas) caiu 3,8 pontos, para 92,4 pontos, menor valor desde agosto de 2017 (89,6 pontos).
Plano de investimentos
As empresas foram também foram consultadas no bimestre abril-maio sobre o plano de investimentos. A maioria das empresas afirmaram (37,9%) que a decisão do plano de investimentos para os próximos 12 meses está certa, maior índice desde o quarto trimestre de 2014, período em que a pergunta passou a ser semestral (antes disso elas eram anuais).
Já para 29,9% das empresas, a decisão para o plano de investimentos está incerta, melhor resultado desde 2015. As demais empresas foram as que apontaram que a decisão está quase certa. O resultado desse quesito mostra que, com menos incerteza na realização de investimentos, o setor vem se consolidando gradualmente no período pós recessão, mas ainda é necessário certa cautela, visto que a maior parte da coleta de dados ocorreu no período anterior a greve dos caminhoneiros.
Construção
O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – M) registrou alta de 0,76% em junho, acima do resultado do mês anterior, que foi de 0,30%, segundo a FGV. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve variação de 0,62%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,49%. O índice referente à Mão de Obra registrou variação de 0,88% em junho, ante 0,15% em maio.
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, o índice correspondente a Materiais e Equipamentos registrou variação de 0,64%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,54%. Dos quatro subgrupos componentes, dois apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,46% para 0,71%.
A parcela relativa a Serviços passou de uma taxa de 0,27%, em maio, para 0,53%, em junho. Nesse grupo, vale destacar a aceleração da taxa do subitem projetos, cuja variação passou de 0,95% para 1,09%.