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Por Redação O Sul | 5 de julho de 2018
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 5,6 bilhões em junho, informou o BC (Banco Central). Trata-se do quarto mês seguido de resultado positivo na poupança. Em janeiro e fevereiro, os saques da poupança foram superiores aos depósitos.
Ainda de acordo com o Banco Central, se considerado todo o primeiro semestre de 2018, o resultado da poupança também foi positivo: os depósitos superaram os saques em R$ 7,3 bilhões. Esse é o melhor resultado para o período desde 2014, quando o saldo positivo foi de R$ 9,6 bilhões. Nos primeiros seis meses do ano passado, os saques da poupança foram superiores aos depósitos, em R$ 12,3 bilhões.
Com a entrada de recursos na poupança em junho, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento. Esse estoque estava em R$ 740,639 bilhões no fim de maio e, ao final de junho, somava R$ 749,088 bilhões.
Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e nos primeiros meses deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.
Hoje a Selic está em 6,50% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial.
Mas a queda de rendimento afeta também as aplicações conhecidas como prefixadas, ou seja, que têm por base a Selic.
Segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a poupança continuará sendo uma “excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano”.
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído a atenção de aplicadores nos últimos anos.
Impostômetro
O valor pago pelos brasileiros em impostos neste ano alcançou R$ 1,2 trilhão nesta quinta-feira (5), segundo o “Impostômetro” da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). No ano passado, o mesmo montante foi registrado 16 dias depois, o que revela crescimento da arrecadação tributária.
A marca de R$ 1,1 trilhão equivale ao montante pago em impostos, taxas e contribuições no País desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos Estados e aos municípios.
“Embora a um ritmo mais lento do que esperado, a retomada econômica está se concretizando, o que incrementa a arrecadação, notadamente nos casos do IPI, do ICM e da PIS/COFINS, que incidem sobre produtos de maior valor, como veículos e eletrodomésticos”, disse em nota Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).
O total de impostos pagos pelos brasileiros pode ser acompanhado pela internet, na página do Impostômetro (www.impostometro.com.br). Na ferramenta, criada em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, é possível acompanhar quanto o País, os Estados e os municípios estão arrecadando em impostos e também saber o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado.