Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2018
Após oito semanas seguidas projetando inflação mais alta em 2018, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para este ano de 4,17% para 4,15%. As informações estão no relatório de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo BC (Banco Central).
Os analistas ouvidos pelo BC estimaram um crescimento menor para o PIB (Produto Interno Bruto) do que esperavam na semana anterior. De acordo com o último relatório, os economistas esperam um crescimento de 1,50% na atividade econômica de 2018. No relatório anterior a projeção era de 1,53%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Em seu último Relatório de Inflação, o BC reduziu sua previsão oficial de crescimento da economia em 2018 de 2,6% para 1,6%.
Próximos anos
Para 2019, o mercado manteve em 4,10% a previsão de inflação e em 2,5% a previsão de crescimento do PIB. Para 2020 a previsão de inflação foi mantida em 4% e a de PIB em 2,50%. Já para 2021, os economistas reduziam a previsão de crescimento do PIB de 4% para 3,75%, mas mantiveram a previsão de inflação em 4%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram em 6,50% ao ano a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Com isso, o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50% ao ano até o fechamento deste ano.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continua em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem. Já para 2020 e 2021 a previsão é de manutenção da taxa em 8% ao ano.
Câmbio, balança e investimentos
Os analistas ouvidos pelo relatório Focus também não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2018, que ficou estável em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar subiu de R$ 3,60 para R$ 3,68. Já a previsão do dólar para o fechamento de 2020 subiu de R$ 3,63 para R$ 3,64. Para o fechamento de 2021 ficou estável em R$ 3,70 por dólar.
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, os analistas mantiveram a previsão de superávit em US$ 57,81 bilhões. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 49,5 bilhões para US$ 49,3 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, ficou estável em US$ 70 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas caiu de US$ 75,3 bilhões para US$ 74,65 bilhões.
Pis-Pasep
Os beneficiários dos Fundos PIS-Pasep que não sacaram os recursos no mês passado poderão consultar o saldo do dinheiro que têm a receber a partir desta segunda-feira. Os valores virão com correção de 8,9741%. A próxima etapa de saques das cotas começa em agosto. Quem sacou as cotas do Fundo PIS-Pasep no mês passado não recebeu a correção. Quem tiver o saldo na conta de R$ 1.000, por exemplo, vai receber R$ 1.089,74.
Tem direito a receber o Fundo PIS-Pasep quem trabalhou com carteira assinada na iniciativa privada ou foi servidor público civil ou militar entre 1971 e 1988. A média de valor para cada beneficiário é de R$ 1.375, mas o Ministério do Planejamento afirma que o valor a ser recebido depende de quanto tempo a pessoa trabalhou no período em que vigorou o fundo.
As contas do PIS, vinculadas aos trabalhadores do setor privado, são administradas pela Caixa Econômica Federal. Já as do Pasep, vinculadas aos servidores públicos, são administradas pelo Banco do Brasil.