Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Um motorista de Uber preso por engano foi solto após sete dias na cadeia

Compartilhe esta notícia:

Família e amigos dizem que o homem foi vítima de preconceito. (Foto: Reprodução)

O motorista de aplicativo Antônio Carlos Rodrigues Junior, de 43 anos, foi solto na sexta-feira (20), após passar sete dias preso por engano. Segundo a advogada responsável pelo caso, Mitsi Rocha Fidelis, ele foi solto por volta das 23h da cadeia pública de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde estava preso desde terça-feira, após ter sido transferido da Deat (Delegacia Especial de Atendimento ao Turista), responsável pela investigação do crime. Procurada, a Polícia Civil informou que a Corregedoria Interna da Polícia Civil vai investigar o caso.

Antônio foi acusado de ter participado de um assalto à cônsul geral da Venezuela dentro de um prédio na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, no dia 6 de junho. A vítima do assalto esteve no presídio de Bangu e fez o reconhecimento do assaltante verdadeiro, identificado como Luiz Fernando da Silva. Mesmo após o reconhecimento, o motorista ainda passou dois dias na cadeia.

Segundo a mulher de Antônio, Ingrid da Silva, de 25 anos, seu marido foi identificado por conta de uma foto no Facebook. A Polícia teria chegado a Antonio por conta de características semelhantes a do assaltante como a cor de pele e o formato do nariz, além do fato de ambos serem carecas.

“Já dei entrada no pedido de revogação e agora o processo está com o Ministério Público para análise”, disse Mitsi, que complementou: “A vítima reconheceu o Cabeça como sendo o assaltante. Conclusão, meu cliente é inocente e foi preso injustamente”.

Outro advogado que acompanha o caso, Jairo Escovedo, disse que pretende defender que Antônio seja indenizado. “Vamos ter que seguir o curso e responder à ação já que a prisão dele só foi revogada, mas ainda teremos que provar a inocência. Vamos também buscar por uma indenização a quem tiver que pagar por esses danos.”

Escovedo assegurou que a defesa irá colaborar com possíveis investigações por parte de órgãos públicos e acredita que o motorista apenas não ficou mais tempo na cadeia por ser querido por muitos. “O caso só veio à tona porque ele é uma pessoa conhecida e muitos amigos e familiares se mobilizaram para ajudar, até mesmo realizando investigações por conta própria. Essa situação mostra como nosso sistema é falho.”

Na manhã do dia 13 de julho Antônio se preparava para trabalhar quando policiais da Deat chegaram em sua residência e o levaram para a delegacia para que prestasse esclarecimentos sobre uma foto no Facebook. Ele acabou preso.

De acordo com o inquérito policial, a cônsul foi roubada dentro do elevador do prédio por três homens, um deles armado. Na ação, os assaltantes levaram a bolsa onde estava o salário da mulher, no valor de 4.900 euros, que ela tinha acabado de sacar no banco. O crime foi registrado pelas imagens do circuito interno do prédio.

A mulher de Antônio contou ainda que, no dia do roubo, ele enviou uma imagem com a localização de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, pelo celular. “Nesse mesmo dia, por volta 13h30min, o meu marido me mandou uma localização em Manguinhos. Ele estava trabalhando no aplicativo. Ele sempre me mandava a localização, ainda mais quando passava por área de risco”, contou Ingrid, que tem um relacionamento há seis anos com o motorista.

A família e advogados lutavam para provar que houve um engano. Eles argumentaram que o motorista não é o homem que aparece em imagens do circuito interno do prédio. Nas redes sociais, amigos se mobilizam pela sua libertação.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Ultraleve cai e explode no Rio; duas pessoas morreram
A Nasa se prepara para lançar uma sonda até o ponto mais próximo do Sol
https://www.osul.com.br/um-motorista-de-uber-preso-por-engano-foi-solto-apos-sete-dias-na-cadeia/ Um motorista de Uber preso por engano foi solto após sete dias na cadeia 2018-07-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar