Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2018
Ao menos 36 mulheres e crianças foram sequestradas pelo grupo extremista EI (Estado Islâmico) durante o ataque da semana passada na província meridional síria de Sueida, anunciou nesta segunda-feira (30) a ONG OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos).
As mulheres e crianças da comunidade drusa, majoritária na província, foram sequestradas em ataques coordenados pelos extremistas no dia 25 de julho e que deixaram mais de 250 mortos, segundo o OSDH.
Entre os reféns, 20 são mulheres e 16 são crianças, de acordo com a ONG e um site de notícias da região, Sueida 24, citados pela France Presse.
Confrontos
Na última quarta-feira (25), pelo menos quatro integrantes do Estados Islâmico, usando cinturões com explosivos, provocaram explosões em Al Sweida, na província de Sureida, que é controlada pelo regime de Bashar Al-Assad.
Artefatos também foram detonados em diferentes pontos da cidade. As forças do regime iniciaram, então, uma contraofensiva para conter a ação dos extremistas.
O balanço de mortos foi um dos mais elevados desde o início do conflito na Síria, em 2011. A guerra no país se intensificou com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos jihadistas. Mais de 350 mil pessoas morreram.
Ritmo de assassinatos
O grupo terrorista EI assassinou no último mês 176 civis e combatentes na Síria, o número mais alto desde janeiro de 2016, informou no domingo (29) o OSDH.
Em comunicado, o OSDH indicou que entre 29 de junho e 29 de julho (mês 49 do denominado “califado”), o EI cometeu assassinatos em regiões rurais das províncias da Al Sweida, Homs, Deir ez Zor e Idlib.
Além disso, o grupo jihadista matou 19 integrantes das facções rebeldes e islâmicas, entre elas a Organização para a Libertação do Levante (antigo braço sírio da Al Qaeda), assim como membros das Forças da Síria Democrática, uma aliança armada integrada majoritariamente por curdos.
O EI também executou quatro dos seus integrantes que teriam “fugido do campo de batalha”, segundo o OSDH.
Com o número de assassinatos do último mês, o mais alto desde os 188 registrados entre 29 de dezembro de 2015 e 29 de janeiro de 2016, o número total de executados pelo EI nas regiões sob o seu controle desde a proclamação do califado até hoje chega a 5.367.