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Mundo O Serviço de Inteligência Americano apontou que a Coreia do Norte já constrói novos mísseis

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Kim Jong Un durante visita ao Instituto de Armas Nucleares em 2017. (Foto: KCNA)

As agências de espionagem dos Estados Unidos identificaram sinais de que a Coreia do Norte está construindo novos mísseis em uma fábrica que produziu os primeiros balísticos intercontinentais do país, capazes de atingir o território americano, de acordo com autoridades que receberam informações a respeito do assunto.

Indicações obtidas recentemente, entre as quais fotos registradas por satélites nas últimas semanas, indicam que os norte-coreanos estão trabalhando em pelo menos um, e possivelmente dois mísseis propelidos por combustível líquido, em uma grande instalação de pesquisa em Sanumdong, nos arredores de Pyongyang, de acordo com funcionários do governo americano que falaram sob condição de anonimato.

As descobertas são as mais recentes indicações de atividade nas instalações associadas a mísseis e tecnologia nuclear da Coreia do Norte, em um momento no qual os líderes do país estão engajados em negociações de desarmamento com os Estados Unidos.

As novas informações não sugerem uma expansão da capacidade norte-coreana, mas demonstram que o trabalho em armas avançadas continua, semanas depois que o presidente Donald Trump anunciou em uma rede social que Pyongyang “não é mais uma Ameaça Nuclear”.

Os relatórios sobre a produção de novos mísseis surgem depois de revelações recentes sobre uma suposta instalação de enriquecimento de urânio chamada Kangson, que a Coreia do Norte estaria operando em segredo.

O secretário de Estado Mike Pompeo reconheceu em depoimento ao Senado americano na semana passada que as fábricas norte-coreanas “continuam a produzir material físsil”, usado para a produção de armas nucleares. Ele se recusou a declarar se Pyongyang está construindo novos mísseis.

Durante uma cúpula com Trump em junho, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, concordou em uma declaração, de terminologia bastante vaga, quanto a “trabalhar para” a “desnuclearização” da península Coreana. Mas de lá para cá a Coreia do Norte adotou poucas medidas tangíveis que sinalizem uma intenção de se desarmar.

Em lugar disso, importantes dirigentes norte-coreanos discutiram sua intenção de iludir Washington quanto ao número de ogivas nucleares e mísseis de que o país dispõe, bem como sobre o número e tipo das instalações associadas a essas duas atividades, e de dificultar o trabalho dos inspetores internacionais, de acordo com informações recolhidas pelos serviços de inteligência americanos.

A estratégia deles inclui, potencialmente, afirmar que o país se desnuclearizou completamente, com a eliminação de 20 ogivas, mas reter dezenas de outras.

A fábrica de Sanumdong produziu dois dos mísseis intercontinentais norte-coreanos, entre os quais o poderoso Hwasong-15, o primeiro com alcance comprovado que permitiria atingir a costa leste dos Estados Unidos.

Os indícios obtidos recentemente apontam para um trabalho em curso em pelo menos um Hwasong-15 na fábrica de Sanumdong, de acordo com imagens recolhidas pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial americana nas últimas semanas.

“Nós estamos vendo trabalho, como víamos antes”, disse um funcionário do governo americano. A exceção, disseram os funcionários, é a Estação de Lançamento de Satélites de Sohae, na costa oeste da Coreia do Norte, onde se via funcionários desmontando uma bancada de teste de propulsores, honrando uma das promessas feitas a Trump na cúpula realizada em junho, em Singapura.

Muitos analistas e especialistas independentes consideram esse desmonte como basicamente simbólico, agora que a Coreia do Norte já lançou com sucesso mísseis balísticos com os propulsores de combustível líquido testados em Sohae. Além disso, a bancada de testes poderia ser reconstruída facilmente, em meses.

Reforçando os indícios obtidos pelos serviços de informações, especialistas independentes também reportaram nesta semana ter observado atividade compatível com a construção de mísseis, na fábrica de Sanumdong.

O movimento diário de caminhões de abastecimento e outros veículos, registrado em fotos por satélites comerciais, demonstra que a instalação produtora de mísseis “não está morta, de maneira alguma”, disse Jeffrey Lewis, diretor do programa de não proliferação nuclear no leste da Ásia, do Centro James Martin de Estudos de Não Proliferação.

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https://www.osul.com.br/o-servico-de-inteligencia-americano-apontou-que-a-coreia-do-norte-ja-constroi-novos-misseis/ O Serviço de Inteligência Americano apontou que a Coreia do Norte já constrói novos mísseis 2018-07-31
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