Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2018
No primeiro ato político após o anúncio do acordo entre o PT e o PCdoB para as eleição presidencial de outubro, a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila reafirmou que será candidata a vice-presidente “em qualquer um dos cenários”. Ela se referiu às possibilidades de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) ou o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (2013-2016) serem os candidatos petistas ao Palácio do Planalto.
”É um acordo político em que nós, do PCdoB, ocuparemos a vaga de vice em qualquer um dos cenários”, declarou Manuela em coletiva de imprensa nessa terça-feira. “Eu torço para que, no dia 1º de janeiro, a Justiça decida que eu tomarei posse como vice-presidente da República com Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, mas eu e o Haddad estamos prontos para vencer a eleição em qualquer hipótese.”
Haddad foi anunciado pelo PT como candidato a vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente, que foi condenado em segunda instância na Operação Lava-Jato e, portanto, está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Caso o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indefira o registro da candidatura do líder petista, o ex-prefeito paulistano “herdará” a posição e terá Manuela como companheira na chapa.
Em sua fala inicial, a deputada comentou sobre a estratégia do PT em manter o ex-prefeito de São Paulo como porta-voz da candidatura de Lula, preso há quatro meses na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde cumpre sentença de 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro: “Consideramos absolutamente legítimo e justo que o interlocutor do presidente Lula seja alguém que coordena seu programa de governo e que é militante dirigente, militante do Partido dos Trabalhadores”.
“Tapete vermelho”
Na sequência, Haddad comentou sobre a “honrosa tarefa” de representar o ex-presidente como candidato momentâneo à Vice-Presidência da República. “Assim que ele tiver sua candidatura homologada, nós vamos estender um tapete vermelho para a Manuela ocupar o meu lugar, e vai ser um dia de glória vê-la, junto ao presidente, subir a rampa do Planalto e governar o Brasil”, disse.
“Não existe, aqui, um projeto pessoal. O que existe da nossa parte é a ideia de que precisamos resgatar o Brasil, precisamos fazer todo o esforço coletivo para que isso aconteça”, continuou Haddad. “Tenho convicção de que estamos apostando no projeto correto para o próximo período”.
Haddad aproveitou a oportunidade para relembrar que a coligação pretende transformar em ato, em Brasília, o registro da candidatura de Lula: “Fizemos uma convocação conjunta para que todos nós estejamos, 15 de agosto, lá em Brasília, para protocolar o pedido da candidatura de Lula. Tenho certeza de que o país compreende esse nosso gesto, essa nossa perseverança”.
Ainda de acordo com o ex-prefeito, esse esforço é válido para defender ”o maior líder político da história do país”, que, segundo ele, ”está sofrendo uma perseguição política injustamente”.