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Brasil Um balão ou um curto-circuito podem ter causado o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro

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Um incêndio de proporções ainda incalculáveis atingiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro no domingo. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, afirmou que o incêndio de grandes proporções que destruiu o Museu Nacional, na zona norte do Rio, na noite deste domingo (2), é uma “tragédia incomensurável”. Ele afirmou que há duas possibilidades sobre as causas do incêndio em investigação: o fogo pode ter sido causado por um balão ou por um curto-circuito. A PF (Polícia Federal) já entrou nas investigações.

“Parece que o fogo começou por cima, no alto, e foi descendo. O Museu Nacional já estava fechado (na hora do fogo), a brigada de incêndio não estava mais lá e havia apenas quatro vigias. Como o fogo começou em cima e na parte de trás, os vigias demoraram para perceber o incêndio. Quando perceberam, já não era mais possível que fizessem alguma coisa”, lamentou Leitão, mais cedo, na Rádio Eldorado.

O ministro afirmou ainda ser fundamental uma apuração rigorosa em relação às causas do incêndio. Segundo Leitão, parte do acervo que estava fora do Palácio foi preservada. Técnicos estão estimando o que foi possível recuperar.

“É preciso dizer que uma parte do Museu que fica no Horto como a botânica, biblioteca central que tem cerca de 500 mil volumes, parte da coleção de arqueologia e uma parte de coleção de vertebrados foram preservados”, explicou Leitão.

Recursos 

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, e o reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Roberto Leher, afirmaram nesta segunda-feira (3) que o governo federal deve liberar recursos e reservar parte do orçamento de 2019 para a reconstituição do museu. A Defesa Civil descarta risco de desabamento, mas recomenda a interdição do local.

Os diretores dizem que, há anos, pleiteiam um terreno contíguo ao Museu para instalar um setor administrativo do acervo. O prédio anexo, que seria construído na lateral da construção original, deixaria o Museu para uso exclusivo de exposições, sem aulas ou a rotina da burocracia.

“Não adianta só chorar, temos que agir. E agir se dá em 4 linhas: primeiro, imediatamente a concessão desse terreno. Não estou mais pedindo, eu estou exigindo. Mudou. Segundo, imediatos recursos para que a gente possa dar segurança a esse terreno. É barato, custa R$ 200 mil”, afirmou o diretor do museu.

“Terceiro, construção de contêineres para que o dia a dia do museu, o mínimo que a gente possa fazer, volte a ser estabelecido. Depois, uma análise de como está a estrutura e sim, no Orçamento próximo, uma verba substancial para a história do nosso País.”

A UFRJ é administradora do Museu Nacional e responsável pelo repasse de verbas públicas da União. O reitor da universidade ressaltou o valor histórico do local e a urgência no direcionamento de mais recursos de manutenção.

“É necessário que, de fato, o poder público federal olhe para o Brasil e pense o significado da memória histórica que temos nesse Museu Nacional. Nós precisaremos de recursos importantes para a reinvenção do museu, resgatando sua história e sua memória”, afirmou Leher.

 

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