Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em ano eleitoral, é comum ouvirmos os mais diversos pontos de vista sobre partidos e candidatos. E isso é saudável, afinal, vivemos em uma democracia. Todavia, as eleições brasileiras têm dado o que falar. E não é por menos. Na última eleição presidencial, de 2014, a população foi surpreendida com a notícia da queda do avião do candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos. E para este ano, assunto é o que não falta.
Desde 2010, a Lei Complementar 135 – mais conhecida como Lei da Ficha Limpa – não permite a candidatura de condenados por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado.
Em total afronta à Lei da Ficha Limpa, Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por órgão judicial colegiado no processo sobre o triplex do Guarujá, protocolou pedido de registro de candidatura à Presidência da República pelo PT.
Em meio a essa conjuntura, foram divulgadas à população pesquisas de intenção de voto apresentando cenários com e sem Luiz Inácio Lula da Silva, causando verdadeira confusão nos eleitores e no mercado internacional.
A candidatura de Lula foi impugnada e, em 1° de setembro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por 6 votos contra 1, pela rejeição do pedido de registro de candidatura do ex-presidente.
Não bastasse isso, mesmo após o referido julgamento, foi ao ar propaganda eleitoral utilizando a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva, em flagrante afronta à decisão do TSE, sendo necessária uma nova liminar do mesmo tribunal para coibir a apresentação da propaganda.
Em paralelo, o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi atingido por uma faca em Juiz de Fora/MG, enquanto estava em campanha.
Diante dos fatos, observamos que o eleitor brasileiro é constantemente convidado a perder o foco, sendo metralhado, a cada eleição, por notícias absurdas que permeiam o cenário eleitoral brasileiro. E não sabemos o que ainda vem por aí.
Estamos a menos de um mês do primeiro turno das eleições, quando a população elegerá presidente da República, senadores, deputados federais e estaduais. Você, leitor e eleitor, já analisou os candidatos e já fez a sua escolha? Se ainda não, convido-o a realizar essa análise o quanto antes. Afinal, só pode fazer uma escolha coerente aquele que faz uma análise adequada.
* Sabrina Faccioli Damiani, advogada e associada do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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