Domingo, 09 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de setembro de 2018
A duas semanas do primeiro turno das eleições, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) procura se apresentar como único candidato capaz de vencer o PT. Na manhã deste domingo (23), em um ato no Parque do Ibirapuera, em São Paulo (SP), Alckmin evitou mencionar o nome do candidato Jair Bolsonaro (PSL).
“Nós somos o caminho para derrotar o PT”, disse. “O Brasil não vai voltar ao pesadelo do passado. Não vai voltar o PT com todos os seus escândalos, não vai voltar o salto no escuro que prega a divisão.”
Alckmin chegou ao Ibirapuera pouco depois do meio-dia, em uma carreata acompanhado de João Doria, candidato ao governo de São Paulo, e Ricardo Tripoli, ao Senado. No trio elétrico, juntou-se também a sua esposa, Dona Lu, ao prefeito paulistano, Bruno Covas, e ao Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD). Diferentemente de Covas, Doria e Tripoli, Kassab não falou.
Alckmin fez um discurso rápido e repleto de elogios a São Paulo e ao povo paulista. Tentou também fazer piada:
“Peço desculpas aos carecas pelo sol inclemente. O nosso único consolo é que é dos carecas que elas gostam mais.”
Alckmin só mencionou Bolsonaro quando desceu do palco e falou com jornalistas, mas manteve o PT como alvo preferencial de seus ataques.
“A volta do PT seria um desastre para o Brasil. O PT está fazendo voltar uma coisa odiosa, que já estava superada no Brasil e não vai ganhar a eleição. Muita gente está votando no Bolsonaro porque acha que ele vai derrotar o PT”, disse. “Bolsonaro no segundo turno é tudo o que o PT quer. Nós vamos trabalhar para impedir isso.”
Alckmin afirmou que a democracia brasileira não corre risco e que, apesar do discurso liberal na economia, o mercado não deve confiar em Bolsonaro.
“O histórico de Bolsonaro é contra o interesse nacional e favor do corporativismo”, disparou.
Ela ainda prometeu trazer mais bancos para o Brasil, desregulamentar a economia, incentivar a oferta de crédito e o empreendedorismo dos brasileiros. Mas garantiu que governará para os mais pobres.
“O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não vai ser para os campeões nacionais, mas para fomentar a economia através dos pequenos e médios empreendedores”, disse. “Eu não vou ser pau mandado de banqueiro. O meu senhor é povo. Eu vou trabalhar para os mais pobres.”