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Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2018
O MEC (Ministério da Educação) deve formalizar até esta quinta-feira (27) um pedido para que o governo adie o início do horário de verão.
A mudança na data para que os relógios sejam adiantados em uma hora já foi levada pelo ministro Rossieli Soares ao presidente Michel Temer, no início do mês, mas ainda não foi formalizada. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a assessoria do MEC, o objetivo é evitar que a alteração de horário coincida com o primeiro dia da realização da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), no dia 4 de novembro.
Há uma preocupação de que a mudança nos relógios possa confundir os candidatos.
Se não houver modificação, o horário de verão começará à meia-noite do dia 4 de novembro e terminará em 16 de fevereiro de 2019.
O pedido deve ser encaminhado à Casa Civil, comandada pelo ministro Eliseu Padilha, e a mudança depende de alteração em decreto presidencial.
Normalmente o programa tem início em outubro, mas houve postergação para que a data não coincidisse com o segundo turno das eleições, em 28 de outubro.
Devem aderir ao horário de verão os municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Desde 2008, um decreto presidencial estabelece as datas para o início e término do programa, usado para gerar economia de energia.
Contudo, o horário de verão vem perdendo importância. Nos últimos anos, o horário de pico no consumo de energia se deslocou do início da noite para o início da tarde, principalmente no verão, quando um maior número de aparelhos de ar condicionado está em operação.
O programa foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932 e vem sendo adotado continuadamente desde 1985.
Vagas
O MEC (Ministério da Educação) estuda criar ainda este ano uma nova modalidade do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), chamada Sisu Transferência, voltada para estudantes que já cursam o ensino superior e querem migrar para uma instituição pública. O objetivo é preencher vagas deixadas por estudantes que trocaram de curso ou abandonaram o ensino superior.
O anúncio foi feito na última quinta-feira (20), durante a apresentação dos dados do Censo da Educação Superior, que mostraram que cerca de 70 mil vagas nas universidades federais estão ociosas. “Tem vaga, tem oportunidade para o aluno estar aprendendo dentro de universidade pública e não estamos preenchendo essas vagas. Isso sem criar despesas novas”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.
O sistema deverá funcionar como o Sisu, selecionando estudantes com base no desempenho no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas como se tratam de vagas abertas ao longo do curso, serão ofertadas para os estudantes que já estão no ensino superior particular ou em outra instituição pública e que desejem fazer a transferência. A ideia já havia sido proposta anteriormente, em outras gestões no MEC, mas não saiu do papel.
Soares diz que vai se reunir com reitores e construir o programa para ser lançado em um mês, em outubro. A intenção é que comece a ser aplicado em 2019. A adesão das universidades será voluntária.
“Hoje cada instituição faz um processo específico, então se você está em uma instituição privada ou em uma pública e quiser migrar para outra pública, você tem que pesquisar o edital individualmente, cada uma das regras em cada um dos lugares”, diz o ministro.
“O Sisu hoje é uma ferramenta para que os estudantes que fizeram o Enem possam enxergar suas possibilidades em várias instituições. Então é dada hoje mais uma ferramenta para que a rede toda, seja o estudante da privada ou pública possa buscar esse caminho da transferência com mais facilidade”.