Por Redação O Sul | 28 de setembro de 2018
O papa Francisco publicou, na quarta-feira (26), por meio das redes sociais, uma mensagem contrária às políticas armamentistas de todo o mundo. No Twitter, o pontífice escreveu “rezemos para que no mundo prevaleçam os programas de desenvolvimento e não aqueles para os armamentos”. O perfil é traduzido para nove idiomas.
A mensagem foi criticada por centenas de brasileiros que comentaram sobre a situação de violência no País e defenderam o armamento civil como solução para a segurança pública. A briga no microblog teve como pivô as eleições de 2018 e as propostas defendidas pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que tem posição favorável à revogação do Estatuto do Desarmamento.
Anteriormente, o pontífice já havia criticado fabricantes de armas no microblog. “Nós realmente queremos a paz? Então, vamos banir as armas para não ter que viver no medo da guerra”, publicou em abril deste ano.
Veja abaixo algumas das reações da última quarta-feira:
“Fala da Venezuela Papa esquerdista”, escreveu um deles no Twitter.
Outro mencionou Jair Bolsonaro e postou uma foto de duas armas com a mensagem: “Pela Família, pela Paz! Porém com o direito de defendê-la contra os bandidos que estão armados na rua. Bolsonaro é Deus, Pátria e Família. Como está a situação na Venezuela Papa?”.
“Com todo respeito, a Vossa Santidade está ouvindo o galo cantar e não sabe onde! No Brasil, há essa urgente necessidade, pois marginais em toda parte estão ilegalmente armados aterrorizando a população!”, comentou uma internauta.
“Com todo respeito, sugiro que o senhor venha ao Brasil e converse com os bandidos pessoalmente. Quem tem armas são eles”, escreveu um outro.
“Todo respeito Papa Francisco, apenas orei. O Brasil clama por Ordem e Progresso pois está perdida no meio a corrupção política e moral. Não queremos um país COMUNISTA queremos um país próspero e isso se tem através de oportunidades de trabalho e não com esmolas”, comentou uma delas.
Abuso sexual
O papa Francisco excomungou o padre Fernando Karadima, de 88 anos, que está no centro do grande escândalo de abuso sexual na Igreja Católica no Chile, informou o Vaticano nesta sexta-feira (28).
Karadima foi considerado culpado em uma investigação do Vaticano em 2011 de abusar de adolescentes por muitos anos. Ele recebeu à época ordem para viver uma vida de oração e penitência, mas não fora excomungado.
Sete bispos chilenos renunciaram desde junho, após uma investigação sobre um suposto encobrimento das ações de Karadima.
O padre Karadima, que sempre negou as acusações, escapou da Justiça civil por conta da prescrição dos crimes.
Um comunicado em espanhol do Vaticano chamou a decisão de excomungar Karadima de “excepcional”, e disse que o papa agiu “pelo bem da Igreja”.
Segundo o documento, Francisco assinou um decreto de excomunhão, tecnicamente conhecido como “redução ao estado laical”, na quinta-feira, e Karadima, que muitos acreditam estar morando em uma casa de repouso na capital chilena, foi notificado nesta sexta-feira.
