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Brasil Sob ataque de rivais, Bolsonaro recebe o apoio de líderes evangélicos

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O bispo Edir Macedo declarou apoio ao candidato. (Foto: Reprodução/Facebook)

Sob intenso ataque de adversários, o candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, encontrou um porto seguro no apoio do segmento evangélico. Líderes de igrejas neopentecostais já indicam apoio ao capitão da reserva em eventual segundo turno entre ele e Fernando Haddad, do PT, cenário mais provável conforme as pesquisas de intenção de voto.

O bispo Edir Macedo, da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus), declarou no sábado seu voto em Bolsonaro. O PRB, partido ligado à Universal, já manifestou internamente predileção pelo candidato do PSL no segundo turno, embora tenha se coligado ao tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno.

Bolsonaro também saiu na frente para receber a adesão de outros partidos que concentram parlamentares evangélicos, como o DEM e o PSC.

O candidato do PSL lidera em todas as vertentes evangélicas, segundo as pesquisas. Na série do Ibope/Estado/TV Globo, Bolsonaro teve uma curva ascendente entre os evangélicos como um todo, sempre acima da intenção de voto geral. Desde agosto, ele passou de 26% para 34% no segmento, acima dos 28% de intenção de voto global, conforme o mais recente levantamento. Haddad tem 22% do total, mas atinge só 17% entre os evangélicos. Já Marina Silva (Rede) caiu de 12% para 7% entre os evangélicos, enquanto Alckmin se manteve na faixa de 8%. Os religiosos avaliam que votos de Marina migraram para Bolsonaro por causa de manifestações dela que consideram dúbias.

Levantamentos feitos pelas campanhas adversárias mostram que a resiliência de Bolsonaro na liderança das intenções de voto está muito relacionada ao voto evangélico, que não é necessariamente um voto “antipetista”, mas sim um voto conservador, contra o aborto, a pauta LGBT e a esquerda.

Perfil

Edir Macedo, que lidera a igreja neopentecostal considerada a mais influente eleitoralmente, usou seu perfil oficial no Facebook para responder ao questionamento de um fiel da Iurd, que desejava saber quem ele apoiaria na eleição para presidente da República. Em eleições anteriores, a Universal apoiou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), hoje candidata ao Senado em Minas Gerais.

O PRB, partido ligado à igreja e criado durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Lava Jato –, participou das duas últimas gestões petistas, mas desembarcou do governo e apoiou o impeachment de Dilma. A sigla comanda o Ministério da Indústria no governo Michel Temer.

Bolsonaro é católico por formação e se apresenta assim em encontros fechados com pastores. Em público, costuma dizer que é “cristão”. A mulher dele, Michelle Bolsonaro, frequenta a Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, no Rio. O casamento deles foi celebrado por Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

O presidente do PSC, Pastor Everaldo Pereira, membro da Assembleia de Deus Ministério Madureira, batizou o agora candidato do PSL em 2016 nas águas do Rio Jordão, em Israel. O PSC está coligado ao candidato do Podemos ao Planalto, Alvaro Dias, mas Pastor Everaldo já deixa clara sua opção num eventual segundo turno. “O PSC (apoia) na hora. O partido não vota com a esquerda, com o PT e o Haddad em hipótese nenhuma. Vai ser unanimidade para votar com Bolsonaro.”

Pauta

A atração do eleitorado evangélico e das igrejas por Bolsonaro se deve ao posicionamento dele, de forma clara, em defesa de pautas morais: é contrário ao aborto, à liberação das drogas e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, além da campanha contra educação sexual e identidade de gênero nas escolas – chamada por religiosos de “ideologia de gênero”.

“Há uma unanimidade de que o Bolsonaro foi o único que empunhou a bandeira da vida, da família, da igreja, da livre economia, da escola sem partido e contra a ideologia de gênero”, afirmou o bispo Robson Rodovalho, líder da Sara Nossa Terra, que emitiu nota pela Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil. “Achamos que deveríamos manifestar esse apoio antes do primeiro turno, a tempo de influenciar nossa sociedade.”

O manifesto gerou uma carta pastoral contrária assinada, majoritariamente, por adeptos de igrejas históricas como presbiterianos, batistas, metodistas, luteranos e anglicanos.

Armas

Uma das propostas de Bolsonaro que divide o meio evangélico é a liberação do porte de armas. No programa de governo, consta “reformular o Estatuto do Desarmamento para garantir o direito do cidadão à legítima defesa”. “É um dos pontos que faz com que muitos evangélicos não consigam votar nele”, diz o pastor Luiz Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista Brasileira.

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https://www.osul.com.br/sob-ataque-de-rivais-bolsonaro-recebe-o-apoio-de-lideres-evangelicos/ Sob ataque de rivais, Bolsonaro recebe o apoio de líderes evangélicos 2018-10-01
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