Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2018
O candidato do PDT, Ciro Gomes, afirmou que vê espaço para crescimento do apoio a ele nesta última semana. “Tem 43% do eleitorado que admite mudar de voto e eu tô de olho nisso aí”, afirmou, sem, no entanto, deixar de criticar os institutos de pesquisa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.
Ciro também advogou mais uma vez contra a polarização política. “Esta confrontação odienta entre (Jair) Bolsonaro e o PT vai levar o Brasil ao abismo”, disse. “Se antes eu dizia que eu queria ser presidente, agora eu falo que eu tenho de ser presidente para enfrentar isso.”
Durante a coletiva a jornalistas, realizada na porta da fábrica da GM onde Ciro participou de plenária com sindicalistas, um homem passou pela rua gritando Bolsonaro.
Ciro disse então que vai lutar pela reconciliação do País e contra o “fascismo” que alguns apoiadores de Bolsonaro emanam. Ele também afirmou que vai “tirar a máscara” do capitão da reserva.
Questionado sobre o eventual impacto que a delação do ex-ministro Antonio Palocci poderia ter no quadro eleitoral, Ciro pregou moderação aos eleitores.
“Se eu fosse o povo brasileiro não deixaria me levar por estes assuntos de última hora”, disse.
Donald Trump
O candidato do PDT manifestou preocupação sobre as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a postura comercial brasileira. “Está anunciada uma tensão que vai estressar o comércio internacional brasileiro”, disse.
Ciro voltou a criticar também o acordo Boeing-Embraer. O pedetista voltou a dizer que, se eleito, vai revogar a parceria.
Propostas
Entre suas propostas, Ciro defende reformas tributária, fiscal, previdenciária, orçamentária e da gestão pública, além da redução dos juros, taxa de câmbio competitiva e controle da inflação. Antes das medidas estruturais, deve adotar programa emergencial para geração de emprego, nas áreas de saneamento e construção civil, bem como a implantação de projetos de capacitação nos bolsões de desemprego das grandes cidades, como o auxílio do Sistema S e das instituições federais de ensino. Prevê ainda a revisão das leis trabalhistas para adequar ao mercado de trabalho, alavancar o empreendedorismo, incentivar empresas e trabalhadores a firmar contratos de trabalho longos, estimular aumento na produtividade e diminuir a insegurança jurídica.