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Armando Burd Corrida atrás do apoio

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. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A definição de Jair Bolsonaro será decisiva no 2º turno do Estado. A preferência por Eduardo Leite decorreria do apoio que recebeu de Luís Carlos Heinze. O senador eleito divergiu do PP, não apoiou Geraldo Alckmin e se lançou na campanha do candidato do PSL. Há, porém, uma circunstância que pode fazer balançar a decisão: o vice-governador José Paulo Cairoli ficou ao lado de Bolsonaro. Há uma terceira possibilidade, a neutralidade, que não se enquadra no seu perfil.

Reforço

A tendência do PDT, que chegou a 11 por cento do total de votos com Jairo Jorge, é se aliar a José Ivo Sartori. Aproximação dos trabalhistas com o MDB costuma ocorrer em eleições e governos.

Mudou

A desidratação do PT é medida pela comparação: no 1º turno da eleição presidencial de 2014, Dilma Rousseff obteve 41,5 por cento dos votos. Ontem, Fernando Haddad encolheu para 28,5 por cento. A partir de 2002, o partido passou a ter êxitos na maioria dos estados. Ontem, as vitórias se restringiram ao Nordeste e parte do Norte. É o preço pelos desmandos que se acumularam, dando origem a processos e condenações pela Justiça.

Nem o candidato esperava

A reviravolta na convenção estadual do PP, a 4 de agosto, causou desconforto a Luís Carlos Heinze. De candidato ao governo do Estado foi redirecionado para concorrer ao Senado, contra sua vontade. Primeiro colocado à Câmara dos Deputados em 2014, com 162 mil e 462 votos, estava com o programa de gestão para o Palácio Piratini concluído. Com a decisão de Ana Amélia Lemos de concorrer a vice na chapa Alckmin, em troca do apoio do PP a Eduardo Leite, imaginou-se que Heinze teria desempenho apenas mediano. Os ventos mudaram quando ganhou o apoio de Bolsonaro. Contrariou os resultados de todas as pesquisas e se elegeu.

Disparou

O grande salto foi dado por Marcel Van Hattem. Em 2014, obteve 35 mil e 345 votos, ficando como suplente da bancada do PP na Assembleia Legislativa. Ontem, tornou-se o mais votado para a Câmara dos Deputados com 349 mil e 553 votos. Tem 32 anos e está filiado ao Partido Novo.

Caminhão de votos

O empurrão de Bolsonaro foi decisivo: o PSL garantiu as duas primeiras colocações na Assembleia Legislativa. O Tenente Coronel Zucco e Ruy Irigaray somaram 268 mil e 516 votos.

Quadruplicou

Dos 22 mil e 553 votos na eleição de 2014, a deputada estadual Any Ortiz atingiu ontem 94 mil e 868 votos, quando 99 por cento da apuração tinha sido concluída. Garantiu o terceiro lugar.

Erraram de Norte a Sul

Os institutos de pesquisas precisam pendurar as chuteiras, fechar para balanço ou enganar em outra freguesia. A Justiça Eleitoral deve tomar a iniciativa de reformular critérios. Há três semanas, esta coluna citou o exemplo: nos Estados Unidos, entidades da sociedade civil, sem nenhum caráter partidário, fazem auditorias constantes, evitando distorções. É o que precisa ocorrer no Brasil. Ontem, deram prova da incompetência.

No bloco intermediário

Ciro Gomes ficou na média. Em 1998, concorreu pela primeira vez à Presidência da República e não passou de 10,9 por cento dos votos. Em 2002, foi para 11,9 por cento. Ontem, avançou para 12,5 por cento.

Queda em série

O Paraná teve surpresas: 1) Roberto Requião não conseguiu o terceiro mandato no Senado e ficou em terceiro lugar com 15 por cento dos votos. 2) O ex-governador Beto Richa, que também buscava vaga de senador, não passou da sexta colocação com 3,7 por cento. Consequência das denúncias de corrupção. 3) O PT, da presidente nacional Gleisi Hoffmann, naufragou: quarto lugar ao governo do Estado e quinto para o Senado.

Tropeço

Outra surpresa ocorreu em Minas Gerais: em todas as pesquisas para o Senado, Dilma Rousseff aparecia em primeiro lugar. Terminou em quarto.

A experiência ensina

Nos gabinetes dos eleitos deverão ser afixados pelo menos dois lembretes: 1) O que não se mede, não se gerencia. 2) A política com muita bílis leva a nada.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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