Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de julho de 2015
A Turquia e os Estados Unidos estão elaborando planos para dar cobertura aérea para rebeldes sírios e, juntos, expulsarem combatentes do Estado Islâmico de uma faixa de terra ao longo da fronteira turca, reforçando a segurança do país membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e proporcionando um refúgio para os civis.
Depois de relutar em se juntar à coalizão liderada pelos EUA contra o grupo radical, na semana passada a Turquia deu uma guinada dramática ao liberar o acesso de suas bases aéreas à aliança e bombardear alvos na Síria ligados aos jihadistas.
Com mais de 1,8 milhão de refugiados sírios, a Turquia vem fazendo campanha há tempo por uma “zona de exclusão aérea” no norte da Síria para manter o Estado Islâmico e militantes curdos longe de sua fronteira e ajudar a conter a maré de civis desabrigados que tentam cruzá-la.
Embora não se tenha firmado nenhum acordo formal com Washington, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse que os dois aliados concordam com a necessidade de providenciar proteção aérea para os rebeldes sírios moderados que lutam contra a facção sunita extremista.
Em Washington, autoridades norte-americanas declararam que há discussões em andamento sobre o tamanho e a abrangência de uma zona livre ao longo da fronteira, que seria libertada de combatentes do Estado Islâmico e permitiria que rebeldes moderados operassem livremente.
“O objetivo é estabelecer uma zona livre do Estado Islâmico e garantir uma segurança e uma estabilidade maiores ao longo da fronteira da Turquia com a Síria”, afirmou um funcionário graduado do governo norte-americano sob condição de anonimato.
Autoridades dos EUA descartaram a imposição conjunta de uma zona de exclusão aérea formal. (Reuters)