Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A raiva reduz a capacidade de raciocínio e impede que sejam tomadas decisões esclarecidas. Estabelecer critérios equilibrados permite o exame dos discursos e dos comportamentos dos candidatos, diminuindo equívocos.
Não faltam motivos para que muitos eleitores se sintam ultrajados por tantos episódios de corrupção. Há também os que rejeitam as provas contra políticos acusados, julgados e condenados. Nada disso, porém, justifica o estado emocional de agressividade que se verifica agora.
Para as eleições de 2020, será conveniente trocar a raiva por avaliação.
A vida como ela é
As milhares de pessoas que formaram filas durante o dia de ontem no Shopping Total, de Porto Alegre, para preencher uma ficha em busca de emprego, poderiam estar magoadas e até com raiva da crise. Não foi o que se viu. Na maioria jovens, aguardavam esperançosos por uma vaga, das 700 oferecidas, que permita receber salário e ter vida digna. Não estavam pedindo demais…
Se fosse outra a conduta dos que decidem sobre as políticas públicas no País, não haveria tantos gastos inúteis e desvios vergonhosos. Sobraria mais para gerar desenvolvimento.
Não sabem o que fazer
Lideranças nacionais do MDB mantêm-se silenciosas 17 dias após a derrota na eleição presidencial, a perda de governos estaduais e a queda de 65 para 34 deputados federais.
Um dia depois do outro
Caso se confirme a vitória de Jair Bolsonaro, o DEM renascerá. O deputado federal Onyx Lorenzoni já está escalado para a Chefia da Casa Civil.
Muitos outros vão integrar o 1º escalão.
Em 2011, achando que os democratas não tinham futuro, Gilberto Kassab, na época prefeito de São Paulo, fundou o Partido Social Democrático (PDS).
Em setembro do mesmo ano, Ronaldo Caiado veio à Expointer e, numa entrevista ao apresentador Paulo Sérgio Pinto no programa Pampa Debates, comentou a debandada do DEM: “São uns traidores e oportunistas. Em breve, vão pagar pelo que fizeram.”
Demorou, mas tudo indica que pagarão a partir de janeiro de 2019. Não há qualquer sinal de que o PSD será convidado a integrar o eventual governo.
Diferença entre teoria e a prática
“A reforma partidária se impõe para restabelecer a identidade dos partidos e torná-los fortes. O aperfeiçoamento democrático carece de fortaleza partidária, essencial para o equilíbrio dos regimes políticos, para a estabilidade institucional e a definição de regras claras e duradouras”.
Este é o trecho de artigo publicado em jornais do Centro do País na última semana de outubro de 1993. Seu autor era secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo e professor de Direito Constitucional da PUC. Um ano depois, elegeu-se deputado federal e, em 2009, presidiu a Câmara.
Nem como presidente da República, Michel Temer pôs na prática o que pregou há 30 anos.
Missão impossível
A longa lista de projetos a serem votados em Brasília inclui a redução de 23 por cento no número de deputados federais e de 24 por cento de senadores. O autor, deputado Nilson Leitão, do PSDB do Mato Grosso, precisa se cuidar para não ser vítima de um atentado com ovos e tomates se o tema chegar ao plenário. É mais provável que seja abortado nas comissões ou preveja aplicação a partir do ano 2050.
Deu a linha
Defensor da democracia social-liberal e crítico de Marx, do fascismo e do bolchevismo, o italiano Norberto Bobbio deixou a lição: “A direita fascista e a esquerda que não tenha a Democracia como valor estarão de fora de qualquer projeto de construção de sociedades futuras”.
Ânsia de antecipar resultados
Os vexames dos institutos de pesquisas, esquecidos logo após o 1º turno, comprovam: eleição não se decide na véspera.
Imaginação vai às alturas
Uma das manchetes do dia enriquece a série Coisas Nossas, Muito Nossas: “É boato que urnas apreendidas no Amazonas já estavam preenchidas com votos de Haddad”.
Alteram-se os sinais
Dos etecéteras e reticências, a campanha eleitoral vai se aproximando do final com incontidas exclamações.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.