Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2018
O presidente Michel Temer afirmou, na noite de terça-feira (30), que os setores da agricultura e do meio ambiente nunca divergiram no seu governo. “Embora tenhamos duplicado as áreas de proteção do meio ambiente no País, não houve divergência com a área da agricultura. A agricultura, o agronegócio continua a prosperar sem nenhuma divergência com o meio ambiente”, disse o emedebista ao discursar em evento na CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília.
O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, confirmou na terça-feira a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
No evento da CNI, Temer foi condecorado com o Grande Colar da Ordem do Mérito Industrial. O presidente fez um balanço de algumas das ações de seu governo e defendeu a manutenção do teto dos gastos públicos. “No caso do Brasil, que é a nossa grande casa, não pode gastar mais do que arrecada. Fizemos algo extremamente responsável, não foi um ato normativo de natureza populista. Paulatinamente caindo o déficit público é possível fazer em 20 anos uma revisão ao teto dos gastos públicos”, disse.
Brasil Mais Produtivo
Temer também assinou um decreto institucionalizando o programa Brasil Mais Produtivo. Criado em 2016, o programa, segundo o governo federal, garante o aumento da produtividade de pequenas e médias indústrias.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, também assinou o decreto. “O decreto que institucionaliza o Brasil Mais Produtivo é um importante passo para o fortalecimento do setor industrial. O salto de produtividade e o ganho de eficiência do chão de fábrica são condições necessárias para que o setor produtivo usufrua dos benefícios da indústria 4.0.”
Extinção do MDIC
O presidente da CNI, Robson de Andrade, conversou com a imprensa após o evento e evitou falar sobre eventual fim do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, mas lamentou o fim de um órgão representativo para o setor. A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que as pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio formarão o superministério da Economia.
“Acho que estar em um ministério da Economia, discutiremos as políticas industriais com as áreas que discutem a tributação, o planejamento de uma maneira que às vezes não é de defender o crescimento da indústria”, declarou Andrade. Mais cedo, a confederação divulgou uma nota lamentando o fim do ministério.