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Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2018
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) variou 0,10% na terceira semana de dezembro. O resultado foi 0,13 ponto percentual superior ao registrado na semana anterior, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (26) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (-0,36% para -0,13%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -3,51% para -2,37%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,42% para 0,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,10% para 0,29%), Transportes (-0,98% para -0,92%) e Vestuário (0,21% para 0,24%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens restaurantes (0,17% para 0,27%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,02% para -0,04%), serviços de oficina (0,16% para 0,37%) e calçados (-0,46% para -0,29%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (1,09% para 0,98%), Comunicação (0,11% para 0,05%) e Despesas Diversas (0,25% para 0,19%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, vale citar os itens passeios e férias (6,48% para 5,55%), pacotes de telefonia fixa e internet (0,47% para 0,24%) e tarifa postal (4,45% para 3,11%).
Confiança do comércio
O ICOM (Índice de Confiança do Comércio), divulgado nesta quarta-feira pela FGV, subiu 5,7 pontos em dezembro, ao passar de 99,4 para 105,1 pontos, o maior valor desde abril de 2013 (105,6). Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 5,5 pontos, na terceira alta consecutiva.
“A confiança do comércio encerra 2019 com alta expressiva no quarto trimestre. É a primeira vez desde março de 2014 que o índice ultrapassa os 100 pontos, limite que identifica a transição para níveis elevados de confiança. Depois de passar por períodos turbulentos ao longo do ano, como a greve dos caminhoneiros e o período eleitoral, os comerciantes esperam aumento de vendas neste final de ano e têm boas expectativas para o começo de 2019. A sustentação dessa recuperação dependerá da continuidade da melhoria do mercado de trabalho e da redução da incerteza”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
A alta da confiança em dezembro atingiu 11 dos 13 segmentos e foi influenciada pela melhora tanto da percepção dos empresários com relação à situação atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O ISA-COM (Índice de Situação Atual) subiu 4,1 pontos, para 97,4 pontos, na terceira alta seguida, registrando o maior valor desde abril de 2014 (99,8 pontos). Já o IE-COM (Índice de Expectativas) registrou o terceiro resultado positivo consecutivo, ao subir 7 pontos e atingir 112,5 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2011 (115,9 pontos).