Terça-feira, 19 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No setor público brasileiro, a regra vem de longe: dane-se quem tem dinheiro a receber. A maioria dos novos governantes, durante a campanha, prometeu pagar sem atrasos os funcionários, fornecedores de produtos e prestadores de serviços. Faltam 26 dias para o teste.
Infelizmente, o Direito em nosso país estabeleceu que o Estado é impenhorável. Os administradores sabem que não podem ser substituídos por síndicos da massa falida. Por isso, o calote se tornou regra. No futuro, os historiadores terão dificuldade em medir o grau de irresponsabilidade deste começo de século.
Entrou na carona
O reajuste dos salários do Supremo Tribunal Federal aumentará o gasto da Câmara dos Deputados em 250 milhões de reais neste ano com o pagamento dos servidores. A informação foi dada ontem pelo presidente, deputado federal Rodrigo Maia. O impacto foi devido ao aumento no teto do salário, que passou de 33 mil para 39 mil reais. Os parlamentares são sempre muito sensíveis às reivindicações, porque o dinheiro não sai do bolso deles.
O sobe e desce
Quem ganha hoje acima de 4 mil, 664 reais e 68 centavos paga 27,5 por cento de Imposto de Renda. Levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal aponta que há defasagem acumulada na tabela de 95,4 por cento desde 1996. Tem reivindicado a correção pela inflação, mas os governos não atendem. O primeiro presidente a admitir a redução para 25 por cento é Jair Bolsonaro.
Pente-fino
Uma equipe de técnicos do novo governo começará a examinar, amanhã, relatórios do BNDES sobre empréstimos feitos a vários países nos últimos 12 anos. Prazos, garantias, pagamentos e formas de cobrança dos atrasados.
Ambição insaciável
Os partidos correm na frente para não verem reduzido o valor anual de 720 milhões do Fundo que recebem do Tesouro Nacional, mesmo que siglas menores desapareçam por força da cláusula de desempenho. O resumo é este: nunca estão satisfeitos com o que têm, embora mereçam menos.
Portas fechadas
A taxa de renovação das executivas nacionais dos 35 partidos foi de apenas 25 por cento entre 2007 e 2017. Resultado de pesquisa da Transparência Partidária, organização da sociedade civil criada há três anos. Lembra o verso “quem está fora não entra, quem está dentro não sai”, do samba “Piston de Gafieira”. O autor é Billy Blanco e o intérprete mais famoso Moreira da Silva, também conhecido como “Kid Morengueira”.
Definição de critérios
No ano em que não ocorrem eleições, seria apropriado as Câmaras Municipais realizarem encontros, sem vínculos partidários, com exposições e debates sobre o tema “surgimento de lideranças políticas”. Os participantes responderiam: Ocorre por identificação espontânea com os que melhor expressam ideias e interesses? Dá-se por desejo de grupos em função de qualidades que reconhecem em alguns pretendentes a concorrer? Ou será resultado da autopromoção e em razão de ambições pessoais, usando a cooptação de desatentos? As respostas ajudariam a formação de nominatas melhores para as eleições municipais de 2020.
Vai subindo
Nos cinco primeiros dias do ano, só de juros o governo federal pagou 7 bilhões de reais para rolar sua dívida.
Atrás do dinheiro
A nova gestão estadual vai retomar o tema da abertura de capital da Corsan. O cálculo inicial mostra que o Executivo tem votos suficientes na Assembleia Legislativa para aprovar o projeto. Permitiria mais investimentos e a possibilidade de privatização.
Sem controle
Os gaúchos que projetaram férias em Florianópolis vão encontrar 31 pontos de poluição em praias famosas. Entre elas Jurerê, Ingleses, Ponta das Canas, Campeche e Praia Brava. A informação é do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina.
Enfrentando as chamas
A Festa de São João ainda está longe, mas os novos governantes começam a pular a fogueira, mais alta do que nunca.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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